Brava: John Miranda’s Band prepara grupo de crianças para dar seguimento a 6ª geração de Eugénio Tavares
A banda John Miranda´s encontra-se a preparar um grupo de crianças para dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser feito na cultura cabo-verdiana e da música na Brava, desde Eugénio Tavares.
A banda John Miranda´s encontra-se a preparar um grupo de crianças para dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser feito na cultura cabo-verdiana e da música na Brava, desde Eugénio Tavares.
Esta informação foi avançada à Inforpress por Ney Miranda, membro do grupo, constituído somente por irmãos residentes nos EUA, que são a 5ª geração do Eugénio Tavares e, até agora, ambas as gerações seguidas ao poeta dedicaram-se à música.
E, para dar continuidade a esta família, que tem vindo a enveredar pelo caminho da música e da cultura, adiantou que formaram um grupo somente de crianças, neste caso os filhos e sobrinhos, denominado de New Generation Band para aguentar a próxima geração, a sexta.
“Muitos não sabem mas somos familiares do poeta Eugénio Tavares. Ele era pai do Chao, que por sua vez era pai do José e este pai do Josezinho, que é pai dos Miranda´s”, contou o artista.
Segundo o mesmo, a sua família é conhecida como uma “família de músicos” e, para eles, trata-se de uma “bênção de Deus”.
“É um talento que nos foi dado e que veio de gerações anteriores e o foco é levá-lo cada dia mais adiante, dando força aos meus sobrinhos e filhos para aguentarem este percurso, principalmente a questão da tradição cabo-verdiana”, reforçou.
Segundo Ney Miranda, esta família “defende principalmente a tradição”, mas que ele, como produtor, tem de fazer” um pouco de tudo”.
Entretanto, realçou que sente “mais alma” ao trabalhar com a música tradicional, mornas, coladeira, funnaná e batuco, porque são géneros e estilos que lhe “acrescentam algo”.
Emanuel Tavares de Pina Miranda, conhecido por Ney Miranda, nasceu na Brava viajou para os Estados Unidos da América nos anos 80, ainda criança, onde é músico e produtor musical, o que para ele é “dom de família”.
Hoje, já tem cerca de 30 anos a tocar teclado, piano e baixo e, além disso, tem o seu estúdio que, conforme revelou, já participou em várias gravações com artistas cabo-verdianos como o disco “Girassol”, de Bana, “Dança ma mim kriola”, de Tito Paris, e que ainda trabalhou com Grace Évora, Miri Lobo, Albertino e Ramiro Mendes, e foi membro do grupo Mendes Brothers e do grupo Jame Band e Bius, entre outros.
Em 2014, ressaltou, foi nomeado como produtor do ano na Gala do Cabo Verde Music Awards (CVMA), o primeiro da ilha Brava pelas suas contas.
Mas, além de todo este percurso, relembrou que o foco é “manter a tradição” e que, para isso, é preciso “sensibilizar as próximas gerações” e fazer com que estas “apanhem o gosto pela música o quanto mais cedo possível”.
Inforpress/Fim