Brava: Jovens formandos em técnicas de transformação do pescado prontos para uma “nova era” de investimentos
Um grupo de 13 jovens, que finalizou sexta-feira o segundo módulo da acção de capacitação em técnicas de transformação do pescado, garantiu que já está apto para investir em novas áreas, com produtos derivados do peixe.
Um grupo de 13 jovens, que finalizou sexta-feira o segundo módulo da acção de capacitação em técnicas de transformação do pescado, garantiu que já está apto para investir em novas áreas, com produtos derivados do peixe.
O segundo módulo, voltado para a comunicação e relacionamento interpessoal e a higiene e saúde alimentar, permitiu aos alunos adquirirem conhecimentos sobre o processo de higienização do espaço, a higienização pessoal, dos alimentos, o que lhes vai permitir oferecer aos clientes um “produto saudável, higiénico” e com mais segurança, para além de lhes transmitir técnicas que lhes permitem abordar, da melhor forma, os seus clientes.
Além do mais, a segunda parte desta formação fez com que os alunos saíssem capacitados para fazerem coisas melhores, o que, segundo os formandos, este investimento “vai trazer lucros” para a economia bravense e uma mudança na vida dos mesmos.
Esta formação, que teve o seu primeiro módulo no mês de Junho, com uma duração de cerca de um mês e este segundo com uma duração de uma semana, vem sendo ministrada no âmbito do programa Emprego e Empregabilidade, Programa CV081 da Cooperação Luxemburguesa que, segundo o coordenador local da rede, Mário Soares, está a trabalhar neste momento numa perspectiva de auto-emprego para os formandos.
E para que os objectivos sejam alcançados, realçou que isso depende de uma participação “assídua e activa” dos formandos, porque os próximos passos, explicou, só serão possíveis mediante o empenho apresentado pelos formandos.
O responsável acredita a capacitação é “uma mais-valia” para os jovens bravenses, principalmente os das três principais zonas piscatórias da ilha.
Sónia Baptista, formanda, é natural da localidade de Fajã d´Água e além de ser proprietária de um bote, é peixeira.
Com esta acção de capacitação na área, a formanda realçou que com os conhecimentos adquiridos já estão aptos para trabalhar e manusear o peixe de outras formas, além de terem aprendido um pouco mais sobre a importância do peixe.
“Antes, eu não tinha muita experiência com o peixe. Era apenas a venda e quando a venda estava mais fraca, dava fiado ou oferecia. Mas agora, aprendi muita coisa que posso fazer com o meu pescado e aumentar o meu rendimento. Desde hambúrguer de peixe, fumagem, escalagem, o que me permite inovar e ir mais longe, criando até novos postos de empregos”, disse a formanda, confiante de que os novos conhecimentos vão permiti-la ter melhores rendimentos a partir do mar e expandir o seu negócio.
Nilton Pereira é um outro formando, oriundo de Lomba Tantum, embora não lide com o peixe directamente, contou que o pai é pescador e esta formação tem um papel “muito importante” na sua vida, visto que saiu capacitado em novas formas de transformação do pescado.
Com isso, o mesmo garantiu que vai passar a gerir o produto dos seus pais e que quando houver grande quantidade de peixe não haverá necessidade de vendê-la a um preço baixo, mas sim pode transformá-lo em novos produtos e impedir que o rendimento caia, devido à baixa de preço do peixe.