Brava: Mãe de criança com síndrome de Down reclama da falta de atenção e apoio do sistema educativo

A criança, caracterizada por um alto nível de energia e comportamento agitado, enfrentou dificuldades significativas dentro da sala de aula. O tempo de permanência na escola foi reduzido a apenas uma hora e meia, e a criança frequentemente mexia em seus materiais escolares e tinha episódios de riso incontrolável, o que resultava em distração durante as aulas. Essas dificuldades foram relatadas pela mãe como um grande problema, uma vez que o sistema educativo não conseguiu fornecer o suporte necessário para que a criança pudesse acompanhar as actividades de forma eficaz.

Alciolinda destaca que, no início, a criança tinha o acompanhamento de uma psicóloga, mas esse suporte foi descontinuado, agravando a situação. A falta de espaços e recursos específicos para crianças com Síndrome de Down nas escolas foi apontada como uma das principais razões pela qual a mãe decidiu retirar seu filho da instituição.

Em 2022, a mãe tentou reintegrar a criança à escola, mas encontrou um relato desanimador de uma professora, que não demonstrou a disposição necessária para atender adequadamente às necessidades do aluno. Isso gerou uma nova onda de desânimo, levando-a a questionar a capacidade do sistema educativo de lidar com alunos com necessidades especiais.

A mãe expressou que a falta de uma resposta eficaz por parte da escola e a ausência de um ambiente adaptado para crianças com Síndrome de Down contribuíram para sua decisão de manter seu filho fora da escola. Ela acredita que a criação de espaços e programas específicos para essas crianças é essencial para garantir que recebam o apoio adequado e possam alcançar seu pleno potencial.

A situação levanta questões importantes sobre a inclusão e o suporte para crianças com necessidades especiais no sistema educativo, e a necessidade urgente de reformas para garantir que todos os alunos recebam a atenção e os recursos necessários para seu desenvolvimento e sucesso acadêmico.

Esta mãe, em tom de desânimo, acrescentou para Bravanews que as crianças especiais devem ter a oportunidade de participar activamente em ambientes educacionais e sociais, sempre com atenção às suas limitações, tratando diferente quem é diferente. De acordo com ela, muitas vezes as regras são estabelecidas sem considerar os casos especiais.

"A inclusão não deve ser apenas uma palavra, mas uma prática diária", afirma Alciolinda. "Queremos que todas as crianças, sem excepção, sejam aceitas e respeitadas na escola e em outros contextos sociais. As limitações devem ser discutidas com base nas necessidades reais e não em preconceitos ou ideias preconcebidas."

A proposta inclui uma série de medidas para melhorar a situação. Entre elas deve estar a revisão das políticas escolares para garantir que não haja regras que possam limitar a participação plena das crianças, a criação de espaços de diálogo entre pais, educadores e alunos para entender melhor as necessidades e desafios, e a implementação de programas de sensibilização para promover uma cultura de inclusão.

"Estamos pedindo uma mudança de atitude", diz. "Se as instituições educacionais não conseguirem se adaptar para apoiar verdadeiramente todas as crianças, então é hora de repensar essas instituições."

MS