Brava: Membros da Igreja Adventista na ilha realizam marcha de sensibilização contra a VBG
Os membros da Igreja Adventista na ilha Brava realizaram hoje uma marcha de sensibilização contra a Violência Baseada no Género (VBG), na vila de Nossa Senhora do Monte, sob o lema “Quebrando o silêncio: violência emocional e o poder da palavra”.
Os membros da Igreja Adventista na ilha Brava realizaram hoje uma marcha de sensibilização contra a Violência Baseada no Género (VBG), na vila de Nossa Senhora do Monte, sob o lema “Quebrando o silêncio: violência emocional e o poder da palavra”.
Esta marcha ficou marcada pelos cartazes e diversas frases que os participantes “gritavam” como; “Diga não à violência”; “já basta”; “homem que é homem não bate em mulher”;
“Quebrando o silêncio”; “O silêncio é o melhor aliado do seu agressor”, entre outras.
Siviana Martins, mentora do projecto, explicou à Inforpress que a igreja é uma “parceira” do Governo nesta luta. Daí, lembrou, desde 2012, a igreja criou o projecto “Quebrando o silêncio”, como uma forma de “apoio” às mulheres, idosos e crianças vítimas de qualquer tipo de violência.
Por isso, o dia de hoje, “desde o culto, marcha e seminário” da igreja Adventista foram “dedicados” ao projecto, prevendo-se para o início de Setembro a realização de um retiro, com “diversas” palestras e conferências alusivas ao tema.
“Na igreja, não temos reparado muito esta situação do VBG. Mas sabemos que várias mulheres que sofrem a VBG, muitas vezes não procuram ajuda, por vergonha de si mesma ou de exporem os seus parceiros”, afirmou Martins.
Como forma de estar “mais perto” da comunidade, decidiu-se criar este projecto, não só para “apoiar” as mulheres desta igreja, como também para “despertar a sociedade”, no sentido de “quebrarem o silêncio, procurar pessoas de confiança e dirigirem-se às entidades competentes para pôr um fim na VBG”, explicou.
A mentora do projecto adiantou ainda que na Brava, a VBG é vista como um “tabu” e o tipo que já é mais “de conhecimento público” é a violência física.
“Entretanto, sabemos que a violência emocional, psicológica, verbal, é presente na nossa comunidade, mas nem sempre as mulheres têm conhecimento deste tipo de violência”, salientou Martins.
Siviana Martins apela às organizações competentes na ilha a “realizarem” mais campanhas e palestras, no sentido de consciencializarem as mulheres sobre os tipos de violência e mostrá-las que “não estão só e nem desamparadas”.
A mesma fonte deixou uma mensagem às mulheres, no sentido de serem “mais unidas e irmãs umas das outras e que “prestem bem atenção às outras mulheres que estejam aos seus arredores, sejam da igreja ou na comunidade, onde estão inseridas”.
Inforpress/fim