Brava: Mercadorias ficam em terra – peixeiras de Furna indignadas
As peixeiras da localidade de Furna manifestaram-se revoltadas após serem informadas de que não poderiam embarcar as suas cargas para a ilha de Santiago no navio que fazia a ligação Brava/Praia.
As peixeiras da localidade de Furna manifestaram-se revoltadas após serem informadas de que não poderiam embarcar as suas cargas para a ilha de Santiago no navio que fazia a ligação Brava/Praia.
Deolinda Tavares, uma peixeira que se encontrava no cais, contou à Inforpress que fez a ordem embarque da sua mercadoria, encomendou gelo e preparou o seu peixe para enviar à cidade da Praia e até a manhã de hoje ninguém lhes tinha dito que a carga não seria embarcada
A indignação desta peixeira, assim como das demais, é que não há nada para fazer com o peixe e só haverá barco, conforme confirmaram junto do imediato do navio Sotavento, na próxima terça-feira.
“Depois de preparar e conservar o nosso pescado, vieram informar aqui no portão que a Enapor não está permitindo o embarque de peixe”, disse a peixeira, inconformada com a decisão, pois este é o “único sustento” de várias famílias.
Carla Baptista foi outra peixeira que lamentou esta “falta de consideração e de informação” por parte dos agentes da agência Cabo Verde Inter Ilhas e dos serviços da Enapor que, segundo a peixeira, “vai custar-lhes muito”.
Segundo a mesma, o peixe vai estragar porque para conseguirem gelo têm de recomendar e hoje já não conseguem adquirir grande quantidade de gelo capaz de conservar toda a quantidade de peixe até terça-feira, pois só foram avisadas que não era possível embarcar a carga por volta das 11:00, quando já estavam no portão do cais da Furna.
Perante esta ocorrência, a Inforpress tentou saber juntamente dos agentes da empresa Cabo Verde Inter Ilhas e da Enapor o motivo de terem deixado as mercadorias no chão, tendo em conta os comprovativos de ordem embarque das cargas, mas ninguém se pronunciou.
MC/AA
Inforpress/Fim