“Brava não pode continuar nessa situação de incerteza nas ligações” – presidente da câmara
O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, mostrou-se “indignado” com as medidas do Instituto Marítimo Portuário (IMP), que deixaram a ilha Brava sem ligações marítimas com as outras ilhas.
O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, mostrou-se “indignado” com as medidas do Instituto Marítimo Portuário (IMP), que deixaram a ilha Brava sem ligações marítimas com as outras ilhas.
As viagens foram suspensas desde quarta-feira, sem previsão de serem retomadas, até que a empresa Cabo Verde Fast Ferry (CVFF) contrate um novo chefe de máquinas.
Francisco Tavares, em declarações à Inforpress, salientou que tem vindo a acompanhar a situação, assistido e tomado conhecimento de diversos constrangimentos causadas à CVFF e consequentemente às ilhas Brava e Fogo.
“Não me parecem normais todas as paralisações e cancelamentos das viagens da CVFF para Fogo/Brava, da forma, nos momentos e pelos motivos avançados, como têm acontecido”, disse o edil.
Com todos estes acontecimentos a nível do transporte, o autarca adiantou que a Brava “não pode continuar nessa situação de incerteza das ligações”, acrescentando que “medidas urgentes, enérgicas e definitivas devem ser tomadas”, porque, já está desgastad0 com essa situação.
Perante tal situação, Francisco Tavares declarou que “hipoteca-se definitivamente, qualquer possibilidade de desenvolvimento da ilha se o Governo não conseguir uma solução para a ilha a nível das ligações”.
Questionado sobre possíveis medidas a serem tomadas pela autarquia, a mesma fonte adiantou que “infelizmente”, a câmara “nada pode fazer”, pois, é uma área da responsabilidade do Governo e regulado por instituições governamentais fora da dependência ou jurisdição da autarquia.
Entretanto, para câmara, enquanto um dos accionistas minoritários da CVFF, “a única solução que resta é somente juntar a sua voz num protesto” para que haja soluções e para que a ilha não fique sem ligações.
De acordo com informações apuradas pela Inforpress, pelo menos até o dia 01 de Junho, não há previsões para a retomada das viagens.
A Inforpress tentou contactar os responsáveis do IMP para esclarecer e ter mais informações sobre o caso, mas ambas as tentativas não resultaram.