Brava: Operadores económicos da ilha indignados com a Companhia Cabo Verde Fast Ferry
Operadores económicos da Brava mostram-se indignados e agastados com a actual situação das ligações marítimas com a ilha, que estão paralisadas há cinco dias. É que o navio a motor de cargas e de passageiros "Kriola", que faz a sua carreira regular todas as segundas, quartas e sextas-feiras, saiu da ilha desde o passado dia 18 e até este momento não se sabe quando retomará a ligação entre os Portos da Praia, São Filipe e Furna.
Operadores económicos da Brava mostram-se indignados e agastados com a actual situação das ligações marítimas com a ilha, que estão paralisadas há cinco dias. É que o navio a motor de cargas e de passageiros "Kriola", que faz a sua carreira regular todas as segundas, quartas e sextas-feiras, saiu da ilha desde o passado dia 18 e até este momento não se sabe quando retomará a ligação entre os Portos da Praia, São Filipe e Furna.
A Companhia de Navegação Cabo Verde Fast Ferry tem sido “muito” criticada nestes últimos dias pelos operadores económicos e emigrantes em férias na terra de Eugénio Tavares. Tudo porque, segundo dizem, a falta de ligação marítima durante cinco dias tem provocado prejuízos financeiros avultados no comércio local e não só.
De acordo com um comerciante bravense, a desprogramação de viagens, as mudanças repentinas de horário e a falta de informação atempada têm causado enormes transtornos no comércio local, apontando a arrogância e prepotência por parte da Companhia Cabo Verde Fast Ferry.
“Aliás, a relação entre os comerciantes e a Companhia tem ido de mal a pior. Não se trata apenas pelo facto do navio “Kriola” nos ter brindado com sua longa ausência em finais de semana, mas principalmente, por ter deixado as nossas viaturas na rampa “Roll on Roll Off” no Porto da Furna sem poder embarcar”, desabafa Daniel Tavares, proprietário do Mini Mercado Poupança.
A mesa fonte acrescenta ainda que esta situação acontece frequentemente, sem qualquer explicação/justificação, o que, para ele, coloca a Brava num retrocesso e desvantagem em relação a outras ilhas.
Prejuízos e aeródromo para ilha
“Tudo isso nos traz transtornos e nos desencoraja a investir na ilha. Mas, mais: ninguém no seu perfeito juízo, iria investir numa ilha com problemas destes.
Estamos redondamente indignados porque não ouvimos a voz do Governo nesta matéria delicada, mormente das autoridades locais, que também é do interesse de toda a população bravense”, remata este comerciante.
Entretanto, sobre essa matéria, autoridades locais defendem que é altura de o Governo “assumir de forma definitiva e séria”, a construção do futuro aeródromo da ilha para que o desenvolvimento da Brava seja vista e projectada de “fora para dentro”.
Perante tal inquietação, outros alegam que esta situação faz com que turistas e emigrantes visitem menos a ilha das flores. “Os sucessivos governos não têm podido resolver esta velha, gasta e vergonhosa situação da falta do aeródromo numa ilha que sem dúvidas, faz parte de um ranking invejável de uma das mais belas de Cabo Verde, mas que se encontra, infelizmente, esquecida. Aliás, não se pode falar em desenvolvimento local se estamos com problemas de ligação e até de isolamento”, critica um emigrante em férias na ilha das flores.
Porém, até o fecho desta edição, não foi possível contactar a administração da Companhia Fast Ferry para se posicionar acerca do assunto, mas prometemos fornecer mais informações oportunamente.