Brava: Organização francesa tem como próximos passos activação do comité local

O anúncio foi feito pela coordenadora da organização, Domitille Le Huédé, no final de uma acção de capacitação dirigida às associações bravenses, que decorreu durante cinco dias, com o intuito de reforçar a capacidade e as dinâmicas das associações bravenses.

Segundo a mesma fonte, SMILO é apenas um facilitador do processo de transformação da Brava, ilha sustentável, pois o objectivo é que sejam os parceiros bravenses a fazerem este processo.

Daí, avançou que o próximo passo é reactivar o comité local que foi criado em Outubro de 2021, que envolve os parceiros da ilha, a sociedade civil, a câmara municipal, representação das delegações e parceiros do Estado, sectores económicos e sector dos transportes que vão decidir o que querem para a ilha Brava e a visão sustentável mais adequada.

“Em conjunto vamos fazer um diagnóstico em cada um dos temas e áreas da SMILO, nomeadamente a situação actual da ilha quanto aos resíduos, água, paisagem, biodiversidade”, disse a mesma fonte, realçando que neste processo vão ser identificadas as acções prioritárias que as comunidades bravenses querem fazer e partilhar uma visão comum para um futuro sustentável da ilha.

Quanto à formação em si, fez um “balanço positivo” tendo em conta a participação das associações, a motivação partilhada e demonstrada, o que a leva a acreditar que estão engajados no processo e na gestão da ilha como uma ilha sustentável.

Ainda, realçou que os membros das associações que estiveram presentes nesta formação comprometeram-se a criar um grupo para se reunirem mensalmente para coordenarem as actividades das associações de forma a dinamizar as mesmas para a conservação do ambiente, gestão dos resíduos entre outras actividades na ilha.

Por seu turno, Dheeraj Jayant, director da Biflores considerou que esta foi uma óptima iniciativa, tendo em conta o trabalho que a Biflores tem pela frente junto das comunidades, pois, a intenção é desenvolver acções em todas as comunidades, tendo como foco transformar a ilha numa área protegida.

Daí sublinhou a importância de dar o pontapé de saída com a formação e capacitação de membros das diversas associações na ilha, capacitando-as nos trabalhos, organização e elaboração de projectos, mas também como procurar financiamentos nacionais e internacionais para os mesmos.

Após esta fase, este responsável destacou como um ponto positivo o facto destas associações decidirem reunir mensalmente para trabalharem juntos e em sintonia, mas também considerou que esta é uma forma “democrática” para trabalhar na gestão dos recursos naturais da ilha.

A SMILO é uma ONG francesa, com sede em Marselha, que trabalha com uma rede internacional de ilhas e tem presença em 40 ilhas.

Em Cabo Verde, a ONG já trabalhou com a ilha de Santa Luzia e agora vão iniciar o trabalho na ilha Brava para a gestão sustentável em cinco áreas temáticas, nomeadamente as áreas da energia, da água e saneamento, da biodiversidade e da paisagem.

Bravanews com a Inforpress