Brava: Pároco desafia fiéis cristãos e entidades a se unirem para a reconstrução da igreja

O sacerdote lançou este desafio no final da celebração eucarística, realçando que é preciso que a comunidade se una e se junte às mãos para que as obras não sofram paralisações.

Segundo a mesma fonte, as obras já se iniciaram, encontrando-se ainda na fase da demolição, limpeza do lugar e na preparação do terreno para a reconstrução da igreja.

“A igreja é nós primeiramente, pedras vivas do Templo do Senhor, e depois, a igreja é nossa” enfatizou, realçando que todos são chamados a reconstruí-la com a vida, esforço, canseira, e se calhar, com sacrifício e cruz, economicamente falando.

“Só é possível se tem um “djunta-mon” (juntar as mãos, em português), pois frei José sozinho não consegue, ou qualquer outro paroquiano só não consegue construir a igreja”, assinalou.

Nesta mesma óptica, aconselhou aos fiéis no sentido de antes de pensarem ou de tirarem conclusões não verdadeiras sobre o que está a acontecer a perguntarem directamente a quem se encontra à frente dos trabalhos, de forma a evitar ruídos e circulação de boatos.

Anunciou que neste momento o valor que a igreja possui para a reconstrução desta igreja nem chega metade do orçamento previsto para estas obras que rondam os 37 mil contos, destacando igualmente que receberam “tantas promessas que foram como nuvens carregadas pelo vento”, porque, reforçou, “foram promessas sem raízes e sem concretização o que atrasou muito na reconstrução da igreja”.

O pároco não deixou de demonstrar o seu desejo em celebrar a missa em honra à santa padroeira da freguesia no próximo ano na sua igreja, sublinhando que com certeza vai ter um outro sabor, pois não haverá fontes de distração durante a celebração.

Diante deste desafio lançado publicamente, a Inforpress interpelou o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, que se encontrava presente, sobre o seu posicionamento em relação a este assunto, e o autarca comprometeu-se perante a comunicação social e os bravenses “continuar a ser parceira nestas obras e a entrar com um apoio monetário no momento devido”.

Segundo o autarca, desde o primeiro momento a câmara municipal vem sendo parceira, numa época em que ainda o presidente era Orlando Balla, reforçando que este, neste momento, é um dos principais activistas desse sonho de reconstrução desta igreja.

O autarca reforçou o compromisso com esta parceria até ver a igreja edificada, mas, salientou que tem de ser um grande trabalho e um grande “djunta-mon” de todos os bravenses e não bravenses que tenham alguma sensibilidade e amizade para a reconstrução da igreja na freguesia, uma vez que a igreja antiga com mais de 100 anos já estava em risco de colapso.

“A autarquia aceita o repto e garante perante a Comunicação Social e dos bravenses que vai continuar a ser parceira, e, no momento devido, vai entrar com apoios financeiros”, anunciou, justificando que a câmara municipal reconhece em todas as igrejas “o grande papel social” na formação do ser humano, bravense e nesse caso dos munícipes da freguesia de Nossa Senhora do Monte.

Daí, considera como sendo um desafio de todos enquanto instituição, pessoa, bravense, católico, e de quem gosta de apoiar uma instituição com cariz social forte.

Nesta mesma senda, Viriato Gomes, munícipe natural da freguesia de Nossa Senhora do Monte, deixou o seu compromisso enquanto membro activo da igreja e da sociedade, comprometendo-se a trabalhar junto da comunidade para que juntos possam trabalhar na reconstrução desta igreja.

Pois, deixou claro que a igreja são os próprios cristãos filhos de Deus e são eles quem devem se unir para terem a igreja reconstruída.

inforpress