Brava: Pároco pede aos avós que não se desanimem com a sociedade de hoje mas que insistem na transmissão dos valores
O padre e pároco da ilha Brava, Euclides Pires, pediu aos avós esta sexta-feira, na missa em honra à Santa Ana e São Joaquim, que não se desanimem e que acreditem que têm algo de “muito útil” para ensinar a sociedade.
O padre e pároco da ilha Brava, Euclides Pires, pediu aos avós esta sexta-feira, na missa em honra à Santa Ana e São Joaquim, que não se desanimem e que acreditem que têm algo de “muito útil” para ensinar a sociedade.
O pároco fez este apelo em entrevista à Inforpress, após a Eucaristia, salientando que é sempre bom quando se celebra festas sobretudo dos Santos.
Pois, justificou, é um momento para se reflectir a própria forma de ser e vivência como cristãos. E, em particular, celebrando a Santa Ana, leva aos cristãos a recuperarem algo que, conforme salientou, está-se a perder.
“A nossa sociedade está a perder a dimensão alargada da família onde tinha a transmissão de valores de geração em geração. Temos dificuldades hoje, de encontrar numa casa avós, pais, filhos ou netos”, realçou o sacerdote.
Daí, segundo o religioso, quando se celebra festas do tipo, as próprias leituras e a igreja estão a chamar a atenção para se ter cuidado com estes princípios.
Até porque, lembrou que a igreja dá “muita importância”, sobretudo à dimensão humana, acrescentando que, onde não há esta dimensão, é difícil passar os valores cristãos.
Na Brava em particular, adiantou que esta santa é festejada em diversas localidades e em datas diferentes, devido à tradição da Bandeira, que é típica da ilha, onde a festa é iniciada antes, com a Santana de Deca, dia 26 que é a Santana de Mato, domingo a Santana de Mato Grande e na próxima semana, será celebrada a Santana de Campo.
Defende, que é um momento de festa e de confraternização, mas que, também, não pode descurar de aproveitar para alertar as pessoas sobre a transmissão dos valores cristãos.
Segundo o mesmo, na primeira leitura, falou-se da própria sabedoria popular, da transmissão de valores de geração em geração e a importância desta transmissão se perdurar no tempo e que nunca seja esquecida.
“Quando transmitimos um valor bom e útil, passa de geração em geração e é neste sentido que peço aos paroquianos que tentam incutir não só nos filhos, mas também nos netos valores humanos e sobretudo cristãos”, pediu o sacerdote.
Aos avós, pede-lhes para não se sentirem desanimados e nem abandonados, pois, ainda possuem muito de útil para dar à sociedade.
MC/ZS