Brava: Peixeira revoltadas com situação que se encontram após a retirada do mercado de peixe

Um grupo de peixeiras da ilha Brava está a reclamar por melhores condições e celeridade na reabilitação do mercado de peixe local, de forma a “dignificar” a profissão e proporcionar melhores resultados nas vendas.

May 25, 2019 - 13:44
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Brava: Peixeira revoltadas com situação que se encontram após a retirada do mercado de peixe

Um grupo de peixeiras da ilha Brava está a reclamar por melhores condições e celeridade na reabilitação do mercado de peixe local, de forma a “dignificar” a profissão e proporcionar melhores resultados nas vendas.

O mercado de peixe, situado no centro de Nova Sintra, foi encerrado há já alguns meses, para uma reforma geral e com isso, as peixeiras foram transferidas para o matadouro local, que fica na cabeça da avenida de Nova Sintra.

Conforme contou à Inforpress uma das peixeiras, Isa Madalena, a situação vivida já está sendo “insuportável”, porque neste momento não possuem um espaço fixo, tendo em conta que o mercado de peixe local está sendo demolido para a reconstrução de um novo mercado e enquanto estão aguardando, a câmara municipal deu-lhes um espaço no matadouro, para venderem as suas mercadorias.

Entretanto, esta peixeira, que falou em nome do grupo, salientou que o espaço não possui as mínimas condições, porque, quando fazem o abate de animais no matadouro, o local fica “inundo com fezes dos animais, sangue, e todos os restos que originam muitas moscas”, levando a reclamação dos clientes quando vão comprar peixe.

Além disso, acrescentou que não possuem uma casa de banho, não há água nem lixívia ou produtos de limpeza e muito menos um balcão.

Perante as más condições, os clientes começaram a reclamar do estado que se encontravam os peixes, expostos ao sol, com muita mosca e mal conservado, criando assim uma série de prejuízos para as peixeiras.

Sendo assim, as peixeiras começaram a vender nas ruas de Nova Sintra, mas dizem estar sendo “perseguidas” pelos fiscais.

Contactado, o presidente da câmara municipal, Francisco Tavares, explicou que a câmara iniciou alguns trabalhos com recursos próprios, e há um compromisso do Fundo do Ambiente para financiar a construção do mercadinho.

Entretanto, conforme o mesmo, a câmara recebeu alguma parte da verba que foi utilizada em outras áreas já definidas, porque, a autarquia teve que interromper os trabalhos e submeter o projecto ao Instituto do Património Cultural (IPC), para o parecer e já têm o parecer favorável, convicto de que na próxima semana, vão dar continuidade ao concurso público, para a empreitada do mercadinho de peixe, prevendo a finalização destas obras ainda em 2019.