Brava: Pescador destaca que a procissão no mar é uma forma de agradecer a protectora dos homens do mar
A comunidade Católica de Furna e os pescadores da ilha Brava vêem na procissão de botes no mar, um meio de agradecerem a Nossa Senhora dos Navegantes, que é a protectora dos homens do mar e padroeira da localidade.
A maioria dos pescadores e donos dos botes da Brava colocaram hoje as suas embarcações à disposição da comunidade católica e de todos os fiéis que acreditam no poder da santa padroeira desta localidade.
José António, um dos pescadores da aldeia, disse, em declarações à Inforpress, que “esta já é uma tradição e todos se reúnem para a procissão da Nossa Senhora nesta baía, com alegria e amor no coração”.
Contou ainda que a santa saiu da igreja por volta das nove horas da manhã, onde fizeram uma procissão até a praia de peixe, colocaram-na num bote que foram afundar na ponta de Cadjetinha.
O bote ficou afundado até por volta das três horas, altura em que chegaram pessoas de todas as zonas da ilha, para acompanharem a Nossa Senhora na procissão marítima e todos os botes de pesca acompanharam o bote que levou a santa, o sacerdote e as pessoas que foram a rezar e a cantar.
No cais ficaram outros fiéis a rezarem o terço e os botes deram algumas voltas na baía de Furna, depois regressaram ao cais onde quatro rapazes, trajados de azul, tomaram a santa, e seguiram em procissão juntamente dos fiéis e dos sacerdotes presentes do cais até a igreja, onde foi realizada a celebração eucarística.
“Não é por si que a Nossa Senhora dos Navegantes é a padroeira da zona, porque todos os homens do mar nesta zona e acredito que em outras zonas também, ao prepararem para irem á faina, a primeira coisa que fazem é pedir a protecção da padroeira”, indicou, realçando que a fé que depositam nela é sempre maior do que as tempestades que muitas vezes enfrentam no meio do mar.
Logo após os rituais religiosos houve o ‘come e bebe’ servido a todos que estiveram na zona.