Brava: Praça Eugénio Tavares preparada para acolher “Fim d´ano di bedjo”

A praça Eugénio Tavares já está preparada para receber esta noite o “fim d´ano di bedjo”, evento organizado pela Comissão Cultural da “Ilha das Flores”, como forma de “resgatar” os traços culturais “mais inéditos de outrora”.

Oct 17, 2018 - 12:55
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Brava: Praça Eugénio Tavares preparada para acolher “Fim d´ano di bedjo”

A praça Eugénio Tavares já está preparada para receber esta noite o “fim d´ano di bedjo”, evento organizado pela Comissão Cultural da “Ilha das Flores”, como forma de “resgatar” os traços culturais “mais inéditos de outrora”.

Já foram realizadas um leque de actividades que relembram os tempos antigos, organizado pela Comissão Cultural local, com o intuito de “reviver” e “ensinar” os mais novos a cultura “genuína” da ilha.

Segundo a programação, a noite de hoje será dedicada à festa que era feita no final de ano, à base de instrumentos musicais como o violino, violão e a “troca de sala”, de entre outras práticas que hoje são feitas de forma um “pouco diferente”.

A expectativa da Comissão, conforme a vereadora da Cultura, Edna Andrade, é que a população participe, assim como tem sido nos outros dias.

Já foram realizadas várias actividades, dentre elas, feiras gastronómicas, jogos tradicionais com a participação de pessoas de todas as idades, “umas para ensinarem e reviverem, outras para aprenderem” Sandjon fora de época, teatro, brincadeiras de roda, anedotas e adivinhas.

Para a organização, o balanço até agora é “positivo em todos os sentidos”, desde o cumprimento dos horários, passando pela participação das pessoas, com maior adesão verificada no sábado e na segunda-feira, tudo decorrido na normalidade.

De acordo com a vereadora, no sábado, dia que foi realizado o “Sandjon fora di época”, “cada toque, cada paulada no tambor foi tipo que uma intimidação que obrigou as pessoas a saírem das suas casas em direcção à praça, ao encontro dos tamboreiros”.

Segundo a mesma fonte, é algo que acontece de forma natural e que vai ao encontro da parte sentimental, que “já está no sangue”.

Edna Andrade considerou que esta festa é umas das “maiores da ilha e é uma tradição inédita”.

No domingo, centenas de crianças de toda a ilha, acompanhadas dos familiares, professores, juntaram-se na praça, para “partilharem” o que sabem das brincadeiras de rodas, adivinhas, anedotas, num intercâmbio que terminou com “sorrisos de gratidão” no rosto de cada participante, quer seja criança, jovem ou adulto.

Já na segunda-feira, segundo a vereadora, foi o dia em que houve mais pessoas na praça, para assistirem peças teatrais do grupo “os Trapalhões”, um grupo que “cativa” a atenção de todos da ilha.

Para hoje, a noite será dedicada ao tradicional festa de fim de ano e que segundo a responsável está “caindo em desuso”, por ser pouco valorizado pela camada jovem.

Estas actividades decorrerão até ao dia 18 de Outubro e culminarão com a apresentação de um documentário sobre “Vida e Obra de Eugénio Tavares, e o Festimorna”.

De ressaltar que a Comissão Cultural foi criada com o intuito de ultrapassar “algumas demandas” encontradas na promoção e realização de actividades culturais que estão a trabalhar sob o lema “Abraça kel k di nos”.

inforpress