Brava: Presidente do projecto “Zé Luís Solidário” considera o sector da educação como um dos “mais vulneráveis” na ilha
O presidente do projecto “Zé Luís Solidário”, José Luís Martins, considerou hoje que os sectores da educação, da saúde e da habitação são os mais vulneráveis na ilha Brava, pretendendo fazer algumas doações para mudar o cenário.
O presidente do projecto “Zé Luís Solidário”, José Luís Martins, considerou hoje que os sectores da educação, da saúde e da habitação são os mais vulneráveis na ilha Brava, pretendendo fazer algumas doações para mudar o cenário.
Este responsável fez esta consideração em entrevista à Inforpress, após um encontro com a população bravense, que servir para apresentação do projecto, onde fez um “balanço positivo” das acções do projecto na ilha.
“Na Brava, o impacto é positivo. Nos três anos, somente no ano 2022 foram enviados cerca de 8000 dólares para a Brava, apoiando nas quatro valências de intervenção do projecto, nomeadamente saúde, educação, habitação e alimentação”, elencou o presidente, sublinhando que recebe muitos pedidos, mas muitas vezes o que falta é a forma de ajudar.
Entretanto, afiançou que a partir de hoje, espera que a Brava venha receber muito mais apoios.
Questionado sobre os problemas que mais detectou na ilha durante a sua visita, apontou problemas a nível da educação, explicando que deparou que na maioria das escolas há falta de materiais, de diversas índoles, mas também a falta de reforço na cantina escolar.
Outra área que apontou algumas fragilidades foi a da saúde, reforçando que já é do conhecimento de todos de que a Delegacia de Saúde da Brava não possui todas as condições necessárias ou equipamentos, razão pela qual as pessoas têm de se deslocar à ilha do Fogo ou para a Cidade da Praia.
Neste caso de saúde em particular, lembrou que as pessoas enfrentam algumas dificuldades na aquisição das passagens ou mesmo para custear a estadia e tratamento, mas também algumas dificuldades para apoios a terceiros, principalmente para as doentes acamados.
A questão da habitação social também é uma área que, segundo a mesma fonte, demonstrou ter várias fragilidades, destacando que recebe várias solicitações para este sector, mas que não consegue ajudar todos ao mesmo tempo, relembrando que o projecto depende de apoios de outras pessoas.
Com estas constatações, informou que ao regressar para os Estados Unidos da América (EUA) vai reunir-se com os patrocinadores, realçando o facto de o “maior patrocinador” ser da ilha Brava, e juntamente com outros emigrantes da ilha vai tentar conseguir principalmente materiais escolares.
Neste momento, informou que já estão quase a chegar à ilha Brava quatro volumes de materiais hospitalares para colmatar algumas dificuldades no Centro Dia da Cruz Vermelha, Delegacia de Saúde e mesmo em apoios domiciliares.
Por seu turno, Francisco Tavares, presidente da Câmara Municipal da Brava, considerou que o impacto do projecto na vida dos beneficiários é “transformador para o positivo”, exemplificando que há pessoas que conseguiram resolver os seus problemas de saúde que se não fosse pelos apoios do projecto não seria possível e as suas vidas estariam cada vez mais difícil.
Indicou, igualmente, que há outras que estão a beneficiar em termos de reabilitação de habitações e mesmo a câmara municipal já recebeu encomendas que vieram dos EUA com materiais que serviram a população da Brava, nomeadamente materiais escolares, hospitalares, entre outros.
Para finalizar, destacou que este é “um projecto que todos devem acarinhar pela demonstração de seriedade na implementação de todos os apoios”, acrescentando que a autarquia tem sido um parceiro até agora e vai continuar a sê-lo.
A Associação José Luís Solidário é uma organização de solidariedade social criada e sediada nos Estados Unidos da América, com o objectivo de apoiar famílias vulneráveis nas áreas de saúde, habitação, assistência alimentar e educação.
Inforpress