Brava: Professores consideram que a formação do EMAEI constitui uma “mais-valia” e pedem mais formações
Os participantes da formação de socialização do processo de sinalização ministrada pela Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) consideram a mesma uma “mais-valia” e pedem mais acções do tipo para os apoiar no processo.
Os participantes da formação de socialização do processo de sinalização ministrada pela Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) consideram a mesma uma “mais-valia” e pedem mais acções do tipo para os apoiar no processo.
Otelinda Duarte, uma das docentes que participou nesta acção de socialização, louvou a iniciativa, pois, conforme a mesma, na escola onde trabalha frequentam duas crianças com necessidades educativas especiais e muitas vezes, por não terem conhecimentos de certas técnica e processos, ficam “aquém do desejado”.
“Nesta escola, estamos necessitando de um pouco de esclarecimento. Temos uma aluna com Síndrome de Dawn e uma outra aluna que neste momento não está frequentando as aulas, ela é surda e muda e estamos enfrentando algumas dificuldades”, salientou a formanda.
Segundo informações da docente, a criança surda-muda é a sua educanda e ao detectar o seu problema, sentiu-se “impotente”, porque
não possui nenhuma formação na área da linguagem gestual, o que dificultava o entendimento entre as duas.
Esta professora explicou que a criança iniciou o ano lectivo, mas com o andar do tempo deixou de vir para a escola e não se sabe o porquê.
A mesma fonte acrescentou que gostaria de ter uma formação, nem que seja nos “mínimos detalhes possíveis”, para poder acompanhar e ajudar a aluna e não só.
No seu entender, as acções de formação do tipo deveriam acontecer com mais frequência, de forma a estarem sempre “actualizados”, com os novos termos e as formas de lidar com as crianças.
Para os formandos, existem “três tipos de alunos numa sala de aulas” e que estão divididos na seguinte ordem: os que não necessitam de muito esforço para entenderem, aqueles que necessitam de um toque só e os outros que necessitam de uma atenção mais especial do professor.
Daí, estão conscientes de que quando existe um aluno na escola com alguma necessidade, é “necessário experimentar todas as tentativas possíveis” e quando não resultam, passam pela análise de Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
Adiantou que caso for confirmada a necessidade, será adoptado o Plano Educativo Individualizado (PEI), fazendo com que o currículo vá ao encontro com a capacidade do aluno.
Até porque, conforme Otelinda Duarte, é preciso analisar todos os pontos das crianças, porque “todos nós somos pessoas com necessidades especiais”, ou seja, “todos nós, numa hora ou noutra na vida, necessitamos de uma atenção especial”.
No caso da criança surda-muda, a professora pede aos encarregados de educação que entrem em contacto com a escola, no sentido de juntos procurarem uma solução, de forma a não fazer com que a criança seja “excluída” do sistema educativo.
Nesta acção de socialização, os professores aprenderam como preencher a ficha da CIF, os diversos tipos de deficiências e saíram conscientes de que “não existe um tempo estipulado para sinalizar uma criança com necessidades educativas especiais”.
MC/JMV
Inforpress/fim