Brava: Projecto de conservação das plantas endémicas na ilha Brava inicia segunda fase
O projecto terrestre que visa a conservação das plantas endémicas na ilha Brava que pretende trabalhar a educação ambiental, já iniciou a sua segunda fase, que é a parte da sensibilização.
O projecto terrestre que visa a conservação das plantas endémicas na ilha Brava que pretende trabalhar a educação ambiental, já iniciou a sua segunda fase, que é a parte da sensibilização.
Esta informação foi avançada à Inforpress pelo actual líder do projecto, Gelson Monteiro, explicando que numa primeira fase foi feita a investigação sobre as plantas endémicas existentes na ilha e o estado de conservação.
Este projecto, tem como objectivo trabalhar a sociedade em matéria da preservação do ambiente e, sobretudo, das plantas endémicas, pretende também dar a conhecer a ilha tanto a nível nacional como internacional, na questão das tais plantas.
O líder adiantou que já iniciaram a parte educacional, onde já estão a programar campanhas de sensibilização com as pessoas nas comunidades e nas escolas, sendo que iniciaram pela escola de Nossa Senhora do Monte, pois, conforme explicou, é praticamente esta escola que vai ser o núcleo do projecto.
Acrescentou que começaram por partilhar com estas crianças a importância da preservação das plantas endémicas e até já delimitaram um espaço onde vai ser construído o viveiro.
No viveiro, realçou que vão levar plantas endémicas, sementes e mudas para colocar aí e vão acompanhar todas as fases do desenvolvimento das plantas, para que num próximo passo, caso queiram transplantar do viveiro para outro espaço, já conhecem o processo.
Este viveiro, explicou a mesma fonte, é também uma das acções de sensibilização e da educação ambiental para as crianças, que vai servir não só a escola núcleo, mas também para as outras que querem visitar, conhecer e ficar a saber mais sobre as plantas endémicas.
Na parte da investigação científica há também a parte da construção do herbário e um banco de sementes, que estão na fase de recolha.
Após as escolas, vai-se iniciar o processo de sensibilização nas comunidades, principalmente na comunidade de Fajã d’Água onde fica situada a bacia hidrográfica, que é” importantíssima” para a conservação destas espécies endémicas.
Ciente de que o processo de sensibilização e a mudança de comportamentos “não é um processo fácil”, Gelson Monteiro revelou que vão entrar em contacto com as associações locais de cada comunidade, que trabalham directamente com os pastores e agricultores, para apoiarem neste processo.
Com o apoio das associações comunitárias, diz acreditar que caso unirem esforços, vão conseguir fazer a mudança de mentalidade pouco a pouco.
Após o levantamento das plantas e tendo em conta o estado em que se encontram, submeteram uma candidatura à Fauna e Flora Internacional (FFI) e Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), onde conseguiram um financiamento de 20.000 dólares para levar este projecto adiante durante um ano.
A Associação Biflores foi criada em 2016, com a missão de promover e sensibilizar a sociedade para questões ambientais; preservação da Biodiversidade e a promoção do voluntariado nas diferentes vertentes ambientais.
MC/ZS
Inforpress/Fim