Brava: Projecto de Conservação das plantas endémicas na ilha Brava pretende trabalhar a educação ambiental
A associação ambiental Biflores tem em curso um projecto de conservação das plantas endémicas da ilha Brava, com vista a trabalhar a educação ambiental nas escolas e em todas as comunidades da ilha.
A associação ambiental Biflores tem em curso um projecto de conservação das plantas endémicas da ilha Brava, com vista a trabalhar a educação ambiental nas escolas e em todas as comunidades da ilha.
Esta informação foi avançada hoje à Inforpress pelo até então líder do projecto, Ivanildo Correia, explicando que o mesmo possui a duração de um ano, lembrando que antes deste, já havia sido feito um inventário com o levantamento das plantas endémicas da ilha.
O projecto, que tem como objectivo trabalhar a sociedade em matéria da preservação do ambiente e, sobretudo, das plantas endémicas, pretende também dar a conhecer a ilha tanto a nível nacional como internacional, na questão das tais plantas.
Ivanildo Correia adiantou que o projecto está a ser desenvolvido em parceria com algumas entidades governamentais da ilha, com vista a atingir os resultados que se perspectivam.
Questionado sobre as plantas endémicas existentes na ilha, o responsável avançou que com o inventário conseguiram fazer o levantamento de três espécies, incluindo o Dragoeiro (Dracaena Draco), Marmulano (Sideroxylon Marginata) e Tamareira (Phoenix Atlântica).
No que tange ao financiamento, este explicou que após o levantamento das plantas e tendo em conta o estado em que se encontram, submeteram uma candidatura a Fauna e Flora Internacional (FFI) e Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), onde conseguiram um financiamento de 20.000 dólares para levar este projecto adiante durante um ano.
Para a conservação das plantas endémicas na ilha Brava, escolheram a bacia hidrográfica de Fajã d´Água até a localidade de Fontainhas, para executarem um plano de actividades juntamente com as escolas da ilha, com vista a realização de um trabalho científico envolvendo os alunos.
Segundo a mesma fonte, primeiramente pretendem fazer a catalogação das plantas existentes na bacia, e, posteriormente, avançar com o plano de adquirir hectares de terrenos para fazer a reflorestação.
Tendo em conta os objectivos do mesmo, o projecto pretende, além da reflorestação, criar em cada escola um viveiro um pequeno canteiro, onde vai ser realizado concursos, incentivando assim a participação de todos os alunos e docentes.
A ideia, explicou, é que cada um adopte uma planta que vai cuidar durante o tempo que permanecer na escola e quando estiver a sair, vai escolher um novo colega quem vai passar a responsabilidade de tomar conta da planta.
Neste momento, alguns elementos do grupo estão num intercâmbio com os agentes do Parque Natural da Serra Malagueta, para se inteirarem do funcionamento dos viveiros e aprenderem a fazer herbários.
MC/JMV
Inforpress/fim