Brava: Projecto Poser Clima empregou cerca de 30 pessoas e pretende apoiar os pastores da ilha

O projecto Poser Clima, nas localidades de Lavadura e Lagoa, orçado em cerca de dois milhões de escudos, a fundo perdido, gerou empregos a 30 famílias, deu um novo rosto às zonas e pretende apoiar os pastores.

Nov 28, 2018 - 03:45
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Brava: Projecto Poser Clima empregou cerca de 30 pessoas e pretende apoiar os pastores da ilha

O projecto Poser Clima, nas localidades de Lavadura e Lagoa, orçado em cerca de dois milhões de escudos, a fundo perdido, gerou empregos a 30 famílias, deu um novo rosto às zonas e pretende apoiar os pastores.

O projecto, que vem sendo desenvolvido em Lavadura e Lagoa, nas imediações de Fajã D´Água, iniciou numa altura em que a seca estava assolando estas zonas, empregando 30 pessoas e com o intuito de criar condições, para minimizar a procura de pastos pelos criadores de gado, caso o cenário da seca se repetir.

De acordo com Sónia Helena, presidente da associação de Fajã d´Água e responsável pelo projecto no terreno, o programa consiste no melhoramento da infiltração das águas, construção de bacias hidrográficas, reparação e construção de paredes, banquetas, abertura de covas e fixação de plantas frutíferas e florestais.

Neste momento, o projecto já fez todo o processo de conservação e preparação do terreno, para a plantação e até já começaram a fixar algumas plantas.

Entretanto, por causa da falta de chuva, uma parte da plantação terá que aguardar até a caída das chuvas, ou talvez o próximo ano e devido a pausa nos trabalhos, alguns destes trabalhadores estão desempregados, e ainda não estão previstos outros projectos.

A presidente da associação louvou a iniciativa e a oportunidade que o Programa Oportunidades, ofereceu a esta comunidade, que “ajudou e melhorou” muito a qualidade de vida das famílias que participaram no projecto, uma vez que, “veio numa altura em que todos estavam à procura de emprego devido a seca”.

As plantações foram divididas nestas duas categorias, porque segundo Sónia Helena, o objectivo é ocupar o solo, para a não degradação e com plantas que tenham alguma “utilidade”.As frutíferas estão sendo plantadas nos terrenos que ainda não estão totalmente abandonados e as florestais, nas outras partes, que mais tarde, “tendo em conta a crise de pasto que os pastores enfrentaram no ano passado devido a seca, estas plantas caso o sufoco se repetir, irão permitir-lhes ter um pouco de pasto”.

Pedro Fernandes, “Pepe”, um dos beneficiários do projecto, é da opinião que projectos do tipo deveriam existir a mais tempo na ilha e permanentemente, permitindo não só a criação de postos de trabalho mas também manter algumas zonas verdes.

O mesmo lamenta a falta de chuva, o que não vai permitir a conclusão do projecto no tempo estipulado e a falta de água nestas localidades.

Na localidade de Fajã, a dirigente da associação salientou que é uma zona onde todas as áreas carecem de alguma atenção, principalmente as actividades marítimas, por ser uma zona piscatória, pelo que espera ter mais oportunidades e mais projectos que beneficiam a comunidade.

inforpress