Brava: Projecto Vitó pretende realizar campanha “mais forte” na protecção das tartarugas
O responsável pelo Projecto Vitó, Herculano Dinis, anunciou na Brava que este ano a fundação vai realizar uma campanha “mais forte” na protecção das tartarugas, devido à mobilização de “mais fundos”.
O responsável pelo Projecto Vitó, Herculano Dinis, anunciou na Brava que este ano a fundação vai realizar uma campanha “mais forte” na protecção das tartarugas, devido à mobilização de “mais fundos”.
Esta informação foi avançada à imprensa no final de um encontro que o projecto realizou com a fundação MAVA, a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e outros parceiros, no âmbito de um projecto de conservação de aves marinhas no ilhéu Rombo, financiada pela fundação.
Segundo o responsável, MAVA é uma fundação filantrópica Suíça que financia um conjunto de projectos na África Ocidental e também em Cabo Verde.
Aqui, segundo a mesma fonte, um dos projectos que recebe apoio é de conservação de aves marinhas.
Além do Projecto Vitó, que trabalha na conservação das aves marinhas nos ilhéus Rombos, existem vários outros parceiros nacionais, para além de um projecto de desenvolvimento organizacional com a organização.
O encontro realizado enquadra-se no seguimento de implementação dos projectos, encontros institucionais e de visitas de terreno para fazer uma avaliação e ver a necessidade de uma segunda fase do projecto nos ilhéus Rombos, a principal reserva da biodiversidade na região Fogo/Brava.
Sobre a época da campanha da preservação das tartarugas que já se aproxima, Herculano Dinis salientou que este ano pretendem realizar uma campanha “mais forte”, visto que conseguiram mobilizar “mais fundos”, contando igualmente com a parceria da associação Biflores e da Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, na Brava.
Além do trabalho nos ilhéus Rombos durante a temporada inteira, pretendem realizar ainda esta campanha na ilha do Fogo.
Normalmente, o trabalho de preservação é feito somente na época da desova das tartarugas mas tendo em conta que os ilhéus são considerados reservas naturais integrados, embora ainda o processo não esteja 100 por cento (%) implementado, Herculano Dinis adiantou que na reunião debateu-se a questão da delimitação, criação de um plano e de uma equipa de gestão, que deve ser uma “prioridade” na segunda fase do projecto de conservação de aves marinhas de Cabo Verde.
Por seu turno, o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente, Estêvão Fonseca, realçou que a comitiva apresentou “dados interessantes”, ao anunciar que a região Fogo/Brava possui “sete das oito espécies das aves endémicas”, que nidificam neste território.
Para o delegado existe a necessidade de consciencializar mais as comunidades piscatórias, os turistas locais, pessoas que de alguma forma têm marcado presença assídua nos ilhéus, que é algo que a legislação cabo-verdiana não permite, embora haja ainda “um quadro institucional de fragilidade” que “não permite uma melhor fiscalização”, na preservação da biodiversidade existente nos ilhéus e em toda a ilha.