Brava: Proprietários das barracas convictos de que movimentação vai melhorar nos próximos dias
Os proprietários das tradicionais barracas de São João, instaladas em Nova Sintra, dizem-se convictos de que a movimentação vai melhorar nos próximos dias embora, do dia da abertura, 03 de Junho, até hoje não haja que reclamar.
Os proprietários das tradicionais barracas de São João, instaladas em Nova Sintra, dizem-se convictos de que a movimentação vai melhorar nos próximos dias embora, do dia da abertura, 03 de Junho, até hoje não haja que reclamar.
Em declarações à Inforpress, Dulceneia Rodrigues, da localidade de Furna, disse que há mais de 20 anos, no mês de Junho, passa um mês na barraca que é onde ela vende, confecciona os pratos e há também espaço para descansar.
Segundo a mesma fonte, nesta época é possível fazer uma venda melhor, por isso, sempre sobe à Nova Sintra para se instalar e este ano, desde a abertura oficial que aconteceu no passado dia 03 de Junho, não há que reclamar e as expectativas são as melhores, acreditando que com o aproximar dos dias das festas do Santo padroeiro e do Dia do Município, comemorados a 24 de Junho, a movimentação vai ser “melhor ainda”.
Questionada sobre o que tem a oferecer aos clientes, informou que possui um pouco de tudo, desde café “terra, terra” com cachupa e outros condimentos, almoço, jantar, mas também há bebidas, petiscos e pratos especiais, como mariscos, entre outros.
Logo ao lado, pois as barracas são coladas umas às outras, encontramos a Samira Pereira, que está a participar pelo quinto ano, e é movida pelo “correr atrás de um pão e um ganho melhor”, reforçando que trabalho na ilha está escasso, daí que seja necessário procurar sempre formas de garantir o sustento.
Além disso, destacou que é um local onde convive, diverte e sai da rotina, confiante de que a partir do dia 18, com a visita dos emigrantes e pessoas das outras ilhas a movimentação deverá ficar mais forte.
Manuel Lobo é um proprietário que veio da ilha do Fogo pela primeira vez participar nessas actividades de São João e também abrir uma barraca, por curiosidade e como uma forma de apresentar uma gastronomia diversificada e balanceada.
Pois, conforme disse, além de bebidas, vinhos do Fogo, há também pratos típicos do Fogo, da Brava e outros pratos especiais.
Na sua barraca são dois grupos a trabalhar, um substituindo o outro, não tendo assim a necessidade de encerrar, pois enquanto um grupo descansa no quarto da própria barraca, o outro “segura as pontas”.
Até então diz não ter de reclamar sobre a movimentação, mas está convicto de que as coisas vão ficar melhor ainda com a chegada dos emigrantes e visitantes nos próximos dias.
As barracas são feitas com armações de paus de sisal, cobertas com lonas, sob a responsabilidade de cada um dos proprietários e estes também são encarregues para fazer as divisões e enfeitar sua barraca como deseja.
Em cada barraca há o espaço logo à entrada como um bar normal, há espaços reservados, cozinha e local para descansar, onde alguns optam por colocar camas ou colchões para passar esta temporada no local.
Mas, as barracas não servem somente para os proprietários e empreendedores ter algum rendimento, é um local também de encontros e uma forma de sair da rotina diária na ilha que conforme disse João Monteiro, vai ao local conviver com os amigos e desanuviar a cabeça tendo em conta que as opções na ilha são poucas.
Para este ano, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, anunciou que foram abertas 12 barracas, embora as solicitações foram além deste número, mas que o local não tem espaço para abrir mais do que este número.
No espaço, conforme elencou Francisco Tavares, há casas de banho público e uma equipa que vai trabalhar na questão do saneamento, mas mesmo assim, pede à sociedade que se engaje em manter o espaço organizado e limpo, pois haverá contentores disponíveis no local.
No quesito da venda e o consumo de bebidas alcoólicas, o autarca deixou claro que vai continuar com as regras estabelecidas na lei e colocadas em prática todos os anos, proibindo a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, assim como em garrafas de vidros no recinto desportivo durante as festividades.