Brava: Queda de chuva traz novo alento aos agricultores e sociedade em geral
A chuva destes últimos dias na Brava trouxe um novo alento aos agricultores, que reforçaram a sementeira, e aos criadores de gado, que vêm mais próximo a garantia de pasto para o sustento dos animais.
A chuva do dia 01 de Agosto, conforme alguns agricultores, “molhou o terreno”, o que vai ser benéfico para quem optou por semear ainda em seco e para os que estavam à espera de uma boa chuva para semear no chão bem molhado e, assim, tentar driblar a praga da galinha-do-mato.
António de Pina é um agricultor de renome na Brava que cultiva terrenos na Vila de Nova Sintra e em diversas localidades da ilha, mas que, este ano, em muitos dos terrenos, optou por semear ainda a seco, mas em alguns que estava a ser infestados pela praga de galinha-do-mato, só agora vai iniciar esta sementeira, confiante de que com o terreno molhado e pesado os grãos vão sobreviver a esta praga.
Com a chuva que caiu, mesmo por poucas horas, mas “bem aproveitada”, porque, conforme sublinhou, foi uma “chuva mansa e sem vento”, levando com que o terreno aproveitasse a maioria da água.
Entretanto, lamentou o facto de a mão-de-obra estar “muito cara”, mas mantendo sempre a esperança de que o ano será de boa produção, folgando assim muitas pessoas das compras nas lojas, pelo menos do milho, do feijão e de outros produtos agrícolas durante algum tempo.
Na localidade de Cachaço, Benvinda Pinto avançou que a chuva também chegou à localidade, onde muitos já tinham semeado a seco mesmo com a praga da galinha-do-mato, que todos os dias amanhece nos terrenos e os donos normalmente fazem guarda ao amanhecer e à tardinha para afugentar esta praga e tentar escapar alguma cova de milho.
Com a queda de chuva acredita-se que os grãos que foram semeados ainda a seco vão nascer e os que optaram por semear somente agora vão ver as suas plantas nascer também.
Carlos Bango também é um agricultor que para “fintar” a praga de galinha-do-mato só hoje deu início às sementeiras em alguns terrenos na localidade de Mato, pois considerou que agora o terreno já se encontra “bem molhado e pesado”, dificultando assim a praga de remover a terra e tirar os grãos.
Com esta chuva, muitos bravenses demonstraram a sua satisfação, realçando que em breve a ilha volta a ficar verdejante e as plantações de couve e espinafre, entre outros, que produzem em curto espaço de tempo, já estarão em condições de ser colhidas e consumidas, mas também “uma certa garantia” para o pasto dos animais.
Para os que semearam antes já estão a contar os dias para a primeira monda e os que só agora estão a semear o desejo é que daqui a alguns dias caia mais uma chuva para fazer a monda e esperar pela natureza para a garantia do ano agrícola e também pasto para os animais.