Brava: Responsável da Associação Funerária da Brava pronuncia sobre não funcionamento da associação
Um dos membros da Associação Funerária da Brava reagiu hoje às exigências de explicações por parte dos sócios e informou que já entrou em contacto com uma pessoa para ficar responsável da associação, mas aguarda uma resposta.
Em declarações à Inforpress, Raquel Rodrigues informou que a associação tem o “remanescente” das quotas recebidas numa conta bancária na agência do Banco Comercial do Atlântico (BCA) em cidade de Nova Sintra e que a sua movimentação depende de duas assinaturas de membros responsáveis.
“É compreensível a exigência e preocupação dos associados, uma vez que estão sem nenhuma informação detalhada da situação. Não sou e nunca fui funcionária da Cruz Vermelha “, comentou.
“A Cruz Vermelha não tem nada a ver com a associação e nem com as quotas. Apenas uma funcionária dessa instituição, que agora está aposentada, se ofereceu para fazer o trabalho voluntário como colaboradora, recebendo quotas dos associados, fora do horário normal de expediente”, acrescentou.
Raquel Rodrigues sublinhou que esta colaboradora vem tendo complicações de saúde que culminaram com várias evacuações para tratamento fora da ilha, com permanência de vários meses na cidade da Praia, sem que ninguém pudesse ficar disponível para receber as quotas da associação, até 2019.
Na ocasião, como forma de evitar que os associados ficassem sem pagar as quotas, esta responsável disse que assumiu receber as referidas quotas, a partir do ano 2020 a todos os associados que tinham em mãos o recibo de 2019.
“Não era minha intenção deixar os associados nessa situação, uma vez que a minha viagem de férias para os Estados Unidos da América, era para ser de três meses acabou por se prolongar devido a problemas de saúde e, por aconselhamento médico, fiquei impossibilitada de regressar ao meu País”, salientou.
De acordo com esta responsável a referida Associação foi criada em 1999 por pessoas idóneas e responsáveis que prestam serviço de voluntariado, cujo objectivo era ajudar as pessoas mais desfavorecidas nas despesas fúnebres de um familiar falecido”, explicou.
Neste sentido realçou que as pessoas deviam estar inscritas pagando uma quota mensal de 100 escudos, correspondente a 1.200 escudos anual.
No entanto, Raquel Rodrigues garantiu que durante todos estes anos, a associação não conseguiu ficar inscrito legalmente com todos os procedimentos que uma associação acarreta, entre os quais o estatuto, a eleição e nomeação dos órgãos, mas conseguiu funcionar normalmente cumprindo com a sua obrigação de subsidiar cada familiar sempre que ocorra um falecimento.
“Da minha parte apresento as minhas desculpas pelos constrangimentos e transtornos causados. Não posso dizer que a associação já não existe, o que acontece, é que neste momento não temos uma pessoa indicada para receber as quotas e pagar o subsídio funerário”, finalizou.