Brava/Retrospectiva Ambiente: Saturação da lixeira de Favatal e plano de mitigação da seca destacam em 2018

A situação da lixeira de Favatal originou vários rumores no seio da população e muitas preocupações por parte das entidades ligadas à saúde na Brava, devido a enchente de lixo e surgimento de pragas.

A lixeira fica localizada entre a Nova Sintra e a poucos quilómetros de Furna, na mesma zona onde fica também a central eléctrica e por não ter grandes condições para fazer o tratamento do lixo, a circulação de pessoas e animais sem controlo, agravou muito a situação, preocupando algumas entidades na ilha.

Facto que o delegado de Saúde, Carlos Dias, considerou como sendo um atentado à saúde pública, pois, houve altura em que a praga de pulgas originada na lixeira espalhou-se até chegar a central eléctrica.

Para minimizar a situação, uma vez que segundo a vereadora responsável pela área do Saneamento, Domingas Coelho, avançou que só será possível a construção de um aterro em 2020, a autarquia reforçou o sistema de controlo na lixeira, colocando um guarda para acompanhar todo o processo do despejo dos detritos, fazendo também a separação do mesmo, além da queima do lixo e algumas campanhas de limpeza.

O mau ano agrícola que assolou a ilha deixou várias sequelas tanto para os agricultores e criadores de gado como para a população em geral.

Entretanto, foram realizadas várias campanhas, no sentido de mitigar as consequências da seca, levadas a cabo pela câmara municipal, delegação do MAA na ilha e pela Liga Adventista de Solidariedade.

E, conforme o ministro Fernando Elísio Freire salientou na sua visita à ilha, houve um plano de salvamento do gado que funcionou, fez-se a gestão da escassez da água, assim como um programa de criação de emprego que “correu muito bem”.

A ilha ficou marcada pela passagem da tempestade Helene, que fez vários estragos, como queda de árvores, obstrução de algumas vias, queda de rochas e cortes nos fios telefónicos e de energia eléctrica.

Em termos do ambiente, a apresentadora da Quercus CV, Cármen Araújo, considerou que a forma como é tratada a natureza na Brava é “totalmente” diferente às outras ilhas do país, o que deixa transparecer uma sensação de “ambiente mais preservada” nessa ilha.

MC/CP

Inforpress/Fim