Brava/São Valentim: Casados há 53 anos desvendam segredos para manter relacionamento
Ilda Fontes e Joaquim Fontes estão casados há 53 anos e continuem “firmes” na vida e no amor, e o segredo é ter como base “amizade, responsabilidade, compreensão, sinceridade e fidelidade” acima de tudo.
Ilda Fontes e Joaquim Fontes estão casados há 53 anos e continuem “firmes” na vida e no amor, e o segredo é ter como base “amizade, responsabilidade, compreensão, sinceridade e fidelidade” acima de tudo.
Joaquim Fontes é natural da ilha do Fogo e contou à Inforpress que veio para a ilha Brava a 08 de Março de 1965 e conheceu a bravense Ilda Fontes, e, 20 dias depois, começaram a namorar, um relacionamento que dura até os dias de hoje.
A 29 de Dezembro do mesmo ano casaram-se e foram vivendo com aquilo que tinham.
Na altura, Joaquim era costureiro, depois passou a trabalhar numa casa comercial e a esposa sempre foi doméstica, mas “tudo sempre foi compartilhado” entre eles e aos poucos foram organizando.
Com o tempo emigraram, com os seus oito filhos, fruto deste casamento.
Conforme Ilda Fontes, a educação dos filhos não foi fácil na altura, mas com “amor, amizade e carinho” tudo tomou o seu rumo.
Segundo a esposa, o casal era pobre quando os dois se conheceram, mas isso não impediu que o relacionamento se prosperasse.
“A principal ajuda da família é a igreja, independentemente de qual for, porque o importante é a palavra de Deus”, salientou Ilda Fontes, acrescentando que a vida cristã “apoia e muito” nos relacionamentos.
Questionado sobre o segredo de manter o relacionamento, Joaquim Fontes contou que, num relacionamento, existem sempre desentendimentos, mas nunca se deve prolongar as brigas.
“Se brigarmos de dia, a noite já estávamos felizes de novo e assim fomos superando barreiras impostas pela vida”, salientou Fontes.
Já para a esposa é preciso ter “respeito, carinho, amizade, sinceridade, fidelidade e amor”, acima de tudo e, por isso, Ilda pede aos jovens para serem mais carinhosos com os parceiros/as e que haja mais respeito entre os mesmos.
Como a ideia foi de conversar com casais de diversas épocas, falamos também com Fernanda Burgo, casada há 21 anos, que explicou, por seu lado, que a fase de namoro serve para descobertas e para projectar uma vida a dois, pois, se não se entendem no namoro, é difícil levar o casamento adiante.
Até porque, segundo Fernanda Burgo, às vezes, pode-se dividir o mesmo espaço uma vida inteira com alguém e não conseguir conhecê-lo na plenitude.
“A amizade, o respeito e o diálogo são fundamentais para o sucesso de um relacionamento, assim como, ter alguma diversão no meio, porque se não brincam entre si, não vão sentir motivados, por isso, é preciso ter algum humor no meio”, referiu.
Burgo pede aos jovens que namorem com responsabilidade e que assumem a vida a dois, pois é na juventude que as pessoas têm de namorar, “mas tem de ser um namoro responsável” e não com várias pessoas ao mesmo tempo, somente por prazer, porque os seres humanos têm sentimentos.
Por isso é preciso ter em conta a fidelidade e evitar a traição, como também ver esta fase como uma preparação para a vida a dois.
Os jovens também opinaram sobre o namoro e os relacionamentos e Alice Cruz disse que o processo de namoro hoje em dia não é idêntico ao dos outros tempos.
Isto porque, prosseguiu, agora é conhecer uma pessoa “só de vista” e dentro de pouco tempo já acontece tudo, o que não atribui o “valor real” ao amor, pelo que “há muitos casos que além de curtição são relacionamentos de puro interesse”.
MC/AA
Inforpress/Fim