Brava: sexagenário vive festas da Coroa do Espírito Santo com intensidade e muita fé
As festas em louvor do Divino Espírito Santo, que se assinala este domingo de Pentecostes, são vividas com intensidade e fé pelo sexagenário Paulo Sena, que acredita que o culto pelo Espírito Santo tenha sido trazido dos Açores.
As festas em louvor do Divino Espírito Santo, que se assinala este domingo de Pentecostes, são vividas com intensidade e fé pelo sexagenário Paulo Sena, que acredita que o culto pelo Espírito Santo tenha sido trazido dos Açores.
Em declarações à Inforpress, Paulo Sena, 60 anos, lembrou que como festeiro participa sempre no culto da Coroa do Espírito Santo, uma festa essencialmente religiosa, que reúne na Vila de Nova Sintra devotos de várias localidades da ilha.
O sexagenário puxa da memória e conta que desde que nasceu encontrou as pessoas a celebrarem esta festa na Vila e diz ter ouvido que é uma tradição oriunda dos Açores, Portugal.
De acordo com o festeiro, quem festeja a Coroa tem de ser alguém que terá feito um pedido e uma promessa e assim que o pedido for realizado, tem de pagar a promessa.
Portanto, conforme salientou, para festejá-la, tem de ser alguém de “muita fé”, pois é a “fé que move esta festa”.
Segundo o festeiro, após os festejos da Coroa do Espírito Santo, oito dias depois, é festejada a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), mas agora, na ilha, segundo Paulo Sena, está sendo festejada somente a Coroa, embora, acrescentou, “a Trindade seja muito mais do que a Coroa”.
Em termos de tradição, explicou, é erguido um altar em casa do festeiro, todo coberto de cetim vermelho e enfeitado com rendas brancas, lâmpadas coloridas, flores, sobretudo cravos e amores-perfeitos, onde é colocada a Coroa.
Na véspera, a coroa é levada em procissão para a igreja, onde é rezada, e depois regressa à casa dos festeiros e no dia seguinte haverá a missa de Pentecostes.
Prosseguiu, explicando que após a santa missa, a Coroa de volta à casa de onde partira e oito dias depois, a pessoa que assumirá os festejos do ano seguinte vai buscá-la e levá-la para a sua casa.
Ou seja, conforme explicou, a Coroa fica durante um ano em casa do festeiro e não pode “ficar sem festejar, tanto mais que já existem festeiros para daqui a muitos anos”.
A parte de comes e bebes é feita conforme as possibilidades de cada festeiro.
MC/JMV
Inforpress/fim