Brava: Solange Cesarovna proporcionou uma noite memorável no lançamento do seu álbum “Mornas”

Cidade de Nova Sintra, 13 Nov (Bravanews) - A cantora Solange Cesarovna actuou neste domingo, na Praça de Nova Sintra, num concerto de lançamento do seu álbum “Mornas”, em homenagem à morna e aos 150 anos do nascimento de Eugénio Tavares, no quadro da sua digressão nacional.

Dec 13, 2017 - 09:40
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Brava: Solange Cesarovna proporcionou uma noite memorável no lançamento do seu álbum “Mornas”

Cidade de Nova Sintra, 13 Nov (Bravanews) - A cantora Solange Cesarovna actuou neste domingo, na Praça de Nova Sintra, num concerto de lançamento do seu álbum “Mornas”, em homenagem à morna e aos 150 anos do nascimento de Eugénio Tavares, no quadro da sua digressão nacional.

Este artista de grande qualidade prometeu uma noite muito especial e cumpriu. Reuniu na Praça pessoas de quase todas as localidades e apresentou as músicas do seu álbum “Mornas”.

Coincidindo com o momento em que Cabo Verde se prepara para lançar a candidatura da Morna rumo ao Património Cultural Imaterial da Humanidade, Solange Cesarovna voltou a cantar “Eugénio Tavares”, considerado figura incontornável da cultura cabo-verdiana e que deu grande contributo à música tradicional cabo-verdiana, particularmente à morna.

Para a artista foi um momento magico pisar a ilha Brava novamente, enquanto berço de Eugénio Tavares e onde as mornas deste poeta e compositor de referência da cultura cabo-verdiana, nasceram pela inspiração deste autor.

“Estava a espera de um momento muito emocionante, de partilha, assim como em outras ilhas, mas com uma característica particular de estar na ilha de Eugénio Tavares”, ressalva Solange Cesarovna.

Terminar a digressão nacional de 2017 deste álbum, cantando Eugénio Tavares, na Praça de Nova Sintra, com os bravenses, não poderia ser melhor para fechar o ano com Chave de Ouro para também ser a inspiração para o início do ano 2018, que se prevê a continuação da digressão nacional para apresentação desta obra discográfica nas outras ilhas.

Esta digressão da promoção deste álbum vai ficar marcada por grandes concertos de quase duas horas para grandes públicos a nível nacional e internacional, à volta da morna, foi  ao encontro dos propósitos do autarca Francisco Walter, que queria brindar os munícipes com o “Show do Ano”.

Lançado a 22 de Julho na Rua Lisboa, na cidade do Mindelo (São Vicente), onde diz ter aprendido a cantar a morna, e que ainda com os seus sete anos, venceu o concurso de vozes de Pequenos Cantores com a morna “Cabo Verde Nha Terra” de Kim di Santiago, “Mornas” já foi também apresentado no Sal, em Santo Antão, no Tarrafal de Santiago e São Nicolau.

Para o ano ficam agendados espectáculos nas outras ilhas, estando já confirmado o concerto na Cidade da Praia para brindar o início de 2018 “com uma grande homenagem à morna”, e possivelmente a todas as ilhas, com passagem pela Boa Vista, Maio, Fogo e outros concelhos como Tarrafal de São Nicolau e outros pontos da ilha de Santiago e Santo Antão, ao qual se segue a digressão internacional.

Cesarovna considera que a reacção do público por todos os palcos por onde já apresentou o álbum, tem sido de uma empatia total, de se envolver com a morna durante o concerto.

Com oito faixas, “Ná, Ó Menino Ná”, “Morna de Despedida”, “Morna de Nha Santa Ana”, “Mal de Amor”, “Morna de Bejiça”, “Contam Nha Cretcheu”, “Mar Eterno” e Força de Cretcheu”, o álbum “Morna” tem a produção executiva das edições Artiletra e foi gravado em Cervantes Studios, em Lisboa.

Com Manel di Candinho na guitarra, esta obra discográfica conta com os serviços de artistas como o pianista Nando Andrade (também na direcção musical), o guitarrista Adérito, o baixista Manuel Paris, o percussionista Kau Paris, o baterista Robert Leonardo, tendo Nilton Cunha no cavaquinho.

“Mornas” é o terceiro álbum da artista, seguida de “Solange Cesarovna”, gravado em 2008 e “Speranza”, editado em 2011 em Itália, na sequência da sua actuação no Vaticano, Roma, que proporcionou a Solange fazer um dueto com o angolano Bonga na morna “Dos Atributo” de Manuel de Novas, que na versão italiana foi transfigurada em “Dona Madre e Esposa”.

A cantora considera que com este último trabalho discográfico possa dar um “simbólico” contributo para esta iniciativa “entusiástica” para o “dossier” da candidatura da Morna ao Património Imaterial da Humanidade, a par dos critérios científicos, enquanto uma apaixonada de morna que quer.

Cesarovna acredita que a morna tem todos os ingredientes e características para que realmente ganhe este título, por ser uma grande responsável por cabo Verde ter sido muito conhecido no mundo, e que a identidade cabo-verdiana vai ganhar muito com isto, pelo que exorta uma união à volta da morna e desta candidatura.

MS