Brava: Solicitação de um empréstimo de 15 mil contos gera discordâncias na IIª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal

A apresentação de uma proposta de empréstimo de 15 mil contos pela câmara municipal que hoje foi aprovada com 6 votos a favor, do MpD, e 4 contra, do PAICV, gerou alguma discordância na Sessão Ordinária da Assembleia Municipal.

Jul 7, 2019 - 11:47
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Brava: Solicitação de um empréstimo de 15 mil contos gera discordâncias na IIª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal

A apresentação de uma proposta de empréstimo de 15 mil contos pela câmara municipal que hoje foi aprovada com 6 votos a favor, do MpD, e 4 contra, do PAICV, gerou alguma discordância na Sessão Ordinária da Assembleia Municipal.

O Movimento para a Democracia (situação) votou a favor, conforme o deputado João Paulo Silva, devido a importância do projecto que será executado com este montante, mas o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) votou contra.

Segundo o dirigente da bancada do PAICV, Jorge Reverdes, o partido que representa votou contra o empréstimo, porque com isso, a câmara vai atingir cerca de 130 milhões de escudos de dívidas e a bancada entende que é “muito dinheiro” que fica dependente da banca e qualquer problema a autarquia pode ficar a perder, visto que, “Banco não brinca”.

Além disso, o líder salientou que a Assembleia Municipal da ilha funciona somente com queixas dos deputados da oposição (PAICV), considerando, também, que a sessão foi “muito extensa”, com a apresentação de documentos de duas sessões em uma só.

Em termos de conteúdos e actividades da câmara municipal, Jorge Reverdes salientou que “deixaram muito a desejar”.

Francisco Tavares, presidente da câmara municipal fez um balanço positivo da sessão, embora tenha comentado que poderiam ir mais além, esperando que a bancada da oposição “pudesse no mínimo abster e não votar contra um empréstimo para a realização de um “projecto estruturante” e que resolveria “um enorme problema” em Nova Sintra”, mas, conforme o mesmo, “assim não entenderam e estão no direito deles”.

De acordo com o edil, a câmara procedeu com os esclarecimentos solicitados e considerou que a gestão autárquica de 2018 foi marcada essencialmente por “muita realização, muitos investimentos”, graças a um aumento “significativo” por parte do Governo à câmara municipal da Brava via contratos programas com verbas de diferentes fundos e do programa PRRA, e que estes investimentos têm chegado à população e são em benefício dos bravenses.

Em relação ao empréstimo, o autarca explicou que a câmara municipal precisa de até 15 mil contos, podendo ser menos, para a aquisição de um terreno no ex-campo de futebol em Nova Sintra, cujo projecto é a construção e edificação de um parque urbano.

Segundo o autarca, é um espaço onde pessoas de todas as idades podem encontrar para actividades físicas diversas, actividades culturais, com fitness parque, parque infantil, campos para prática do basquetebol, ténis, com uma área para shows ao ar livre, do tipo que regularmente se faz com a associação Sete Sóis Sete Luas, e também com os grupos.

Além disso, acrescentou que é um espaço também que teria uma área para os jovens que gostam de alguns desportos “radicais”, como skate e patins e a área seria requalificada com parque de estacionamento para viaturas que a cidade “carece”.

Por seu turno, o deputado do MpD, João Paulo Silva, também fez uma avaliação “positiva”, tendo em conta a participação dos deputados e da equipa camarária, elencando os pontos que foram trabalhados nesta sessão, desde a afixação da acta da sessão anterior da Assembleia Municipal passando pela apresentação oral das actividades orais desde a última sessão.

A apreciação do relatório escrito das actividades da câmara municipal de 2018; apreciação da conta gerência do município do ano de 2018 foram outros pontos da agenda, para além da apresentação de uma proposta de empréstimo bancário pela câmara municipal no valor de 15.000.000$00, para intervenções no antigo estádio da Vila de Sintra.