Brava: Técnica do ICIEG incita mulheres a lutarem pelos seus direitos, pela igualdade e equidade de género
A psicóloga e técnica do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), na Brava, Edite Brito, exortou hoje as mulheres a continuarem com a luta pelos seus direitos, pela igualdade e equidade de género.
A psicóloga e técnica do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), na Brava, Edite Brito, exortou hoje as mulheres a continuarem com a luta pelos seus direitos, pela igualdade e equidade de género.
A técnica do ICIEG falava, em entrevista à Inforpress, sobre o processo de consciencialização das mulheres bravenses, em matéria dos seus direitos, leis e propostas de lei, que tanto estão sendo discutidos.
Segundo Edite Brito, tem vindo a notar que houve um “avanço significativo”, sobretudo da mulher cabo-verdiana, na construção dos direitos, principalmente após a Lei VBG (Violência Baseada no Género) que surgiu para proteger a mulher, com os ganhos que ela tem vindo a atingir, seja no ramo da educação, na saúde, ou noutros aspectos.
Na sociedade bravense, a técnica garantiu que as mulheres estão aproveitando esta oportunidade e da melhor forma, tendo em conta que ao longo do tempo, passaram a conhecer mais sobre as leis e os seus direitos, o que tem reflectido no número de mulheres que procuram por apoios no seu gabinete, para defenderem os seus direitos como mulheres na sociedade.
Não obstante o aumento da procura, Edite Brito adiantou que muitas mulheres têm vindo a fazer propostas em matéria de sensibilização para as outras mulheres que ainda não estão totalmente consciencializadas sobre alguns problemas que vem enfrentando, de forma a pôr um basta nisso.
Sem ser de denúncias, as mulheres bravenses, conforme a técnica, já começaram a ter uma vida “mais activa e participativa” na comunidade, participando nas diversas formações que tem vindo a decorrer na ilha, procuram formas de serem independentes, criando os seus próprios empregos, “demonstrando um maior engajamento, para assim saírem da situação de vulnerabilidade que muitas passam nas suas famílias”.
A mesma fonte considera a sua função de “extrema importância”, porque pelo facto de uma mulher que sofre abusos ou está passando por situações difíceis procurar apoios e depois sair do gabinete, com mais ânimo, com mais força de vontade para lutar pelos seus sonhos, muitas vezes impedidos pelos seus companheiros, já é algo muito gratificante.
Em termos da proposta de lei sobre a paridade, Edite Brito possui uma visão positiva desta proposta, considerando-a uma lei significativa para a vida da mulher cabo-verdiana, que passa a ter mais acesso a outros serviços, sobretudo a nível dos serviços comunitários.
Por isso, aconselha as mulheres a “continuarem com esta força de vontade pelas lutas, pelos seus direitos e pelas que não têm vindo a participar ou a mostrar esta força, que engajem mais nesta causa, pelo bem da própria”.
MC/CP
Inforpress/fim