Brava: Técnica social do Centro de Apoio à Vítima pede mais acções de sensibilização sobre alcoolismo
O técnica social do Centro de Apoio à Vítima (CAV) Domingas Coelho considerou hoje que são necessárias mais acções de sensibilização sobre o alcoolismo, acreditando que os casos de VBG possam diminuir ainda mais.
O técnica social do Centro de Apoio à Vítima (CAV) Domingas Coelho considerou hoje que são necessárias mais acções de sensibilização sobre o alcoolismo, acreditando que os casos de VBG possam diminuir ainda mais.
A técnica fazia para a Inforpress o balanço das actividades realizadas no primeiro trimestre e sobre a análise dos dados relativamente às denúncias de casos de Violência Baseada no Género (VBG) que recebeu até este momento.
Segundo a mesma fonte, no primeiro trimestre deram entradas 13 casos no CAV, assinalando uma diminuição em relação ao mesmo período no ano de 2022.
Domingas Coelho assinalou que a diminuição do número de casos tem muito a ver com as acções de sensibilização que têm desenvolvido no terreno, mas não descarta a possibilidade de ainda existir “um grande medo e tabu” nas vítimas sobre denúncias.
Nesta matéria sublinhou que tem vindo a trabalhar no sentido de “alertar e abrir a mente” das pessoas nas comunidades, incentivando-as a denunciarem situações de VBG.
Entretanto, destacou também que a lei está “mais rigorosa e eficaz” de forma a dar um combate cerrado a estes casos, levando com que as pessoas ponderem um pouco antes de praticarem actos de VBG.
Mas, nessa luta pede às entidades responsáveis para trabalharem um pouco mais na questão da sensibilização sobre o consumo do álcool, justificando que cerca de 90 por cento (%) dos casos registados, os agressores se encontram sob o efeito do álcool.
Neste sentido apela a uma parceria e a mais acções no terreno, acreditando que os casos de VBG vão diminuir ainda mais.
Relativamente ao plano de actividades informou que tem focado em acções de sensibilização nas escolas, abrangendo todos os dois Complexos Educativos na ilha, mas também nas comunidades.
Sobre os casos de denúncias, realçou que assim que recebe autos de notícia da Polícia Nacional ou notificações do Ministério Público, o CAV faz acompanhamento das vítimas, informando-as sobre os seus direitos, e faz também o acompanhamento da evolução dos casos.
Ainda sobre as denúncias, revelou que tem havido casos por parte do sexo masculino, mas que quando são investigados e analisados deparam-se com pessoas que já praticaram VBG e que foram julgadas.
“Perante qualquer discussão com a parceira correm para denunciar numa posição preventiva, temendo que a parceira faça denúncia primeiro e a situação se agrave”, concretizou.
Questionada sobre os tipos de violência mais predominantes na Brava, Domingas Coelho ressaltou que normalmente as mulheres sofrem quase todos os tipos de violência, mas a física, psicológica e patrimonial têm sido as que mais se destacam nesta área.
A técnica evidenciou que o intuito é continuar com as acções de sensibilização para tentar diminuir os casos de VBG, ou então encorajar as vítimas a denunciarem tais situações, pois os dados são “preocupantes” pela dimensão e número de população na ilha.