Brava: Unidade dessalinizadora de Furna vai minimizar os problemas de distribuição de água na ilha – responsável

A unidade dessalinizadora da localidade de Furna terá a capacidade de produzir 20 metros cúbicos dia com a energia solar e 50 utilizando os recursos da rede, o que vai minimizar o problema da água na ilha Brava.

Jun 20, 2019 - 04:41
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Brava: Unidade dessalinizadora de Furna vai minimizar os problemas de distribuição de água na ilha – responsável

A unidade dessalinizadora da localidade de Furna terá a capacidade de produzir 20 metros cúbicos dia com a energia solar e 50 utilizando os recursos da rede, o que vai minimizar o problema da água na ilha Brava.

A informação foi dada a imprensa, pelo administrador da empresa intermunicipal Águabrava, Rui Évora, nesta terça-feira, na altura da assinatura do protocolo de execução da obra e lançamento da primeira pedra, para a edificação da dessalinizadora, que segundo este responsável, estão a trabalhar para que o arranque das obras seja em breve.

De acordo com o mesmo, é um marco “importante” para a Brava, tendo em conta a “difícil situação” vivida neste momento em termos de produção e disponibilização da água.

“Infelizmente, a disponibilidade e produção da água neste momento, satisfaz somente 50 por cento (%) das necessidades de toda a Brava e a unidade de dessalinização, apesar de ser somente na localidade de Furna, vai, com certeza, melhorar um pouco a situação do abastecimento na ilha”, salientou o responsável.

Para Rui Évora, essa unidade instalada, permitirá, no mínimo, a garantia na captação de cerca de 40 litros habitante por dia na localidade de Furna, mas a intenção é de facultar água num futuro próximo, ao povoado de Santa Bárbara.

Entretanto, para tentar colmatar as dificuldades enfrentadas para abastecer algumas localidades, como Cachaço e Baleia, a empresa pretende trazer para a ilha um camião cisterna, com a capacidade de dez toneladas, que também pode apoiar no reforço algumas localidades, em situações pontuais.

Adiantou ainda, que nos últimos tempos, alteraram alguns parâmetros a partir da nascente de água no Encontro, permitindo, assim, aumentar cerca de 20% a quantidade de água explorada diariamente, passando dos 250 aos 280/300 metros cúbicos por dia.

Mas, acrescentou que toda a ilha tem a necessidade de se ter uma disponibilidade na ordem dos 500 a 600 metros cúbicos por dia para assegurar o abastecimento normal.

Por seu turno, o edil Francisco Tavares considerou o acto da assinatura do protocolo e de lançamento da primeira pedra, como sendo “um passo grande, marcante e um click definitivo para o desenvolvimento da Furna”.

Para o autarca, a unidade complementa outros projectos como a rua pedonal da Furna, o projecto de reabilitação de casas que vai contemplar a localidade com a totalidade da construção das casas de banho necessárias até o final do mandato, entre outros projectos que a autarquia possui em carteira para executar.

Com a instalação da dessalinizadora, de acordo com o edil, resolve-se a questão que não pode esperar, neste caso, a problemática da água, tendo este bem em quantidade e qualidade disponível para esta população da localidade que é a “porta de entrada” da ilha.

Conforme salientou o Francisco Tavares, a satisfação é “maior” ao saber que a unidade vai recorrer a energia solar, durante grande parte do tempo do seu funcionamento, minimizando assim os custos e impactos ambientais.

“O projecto encaixa na perfeição ao programa de transformação da Furna numa localidade mais aprazível, mais atractiva, para que não seja apenas a porta de entrada e saída e sim transformá-la também num local de permanência”, considerou Francisco Tavares, elencando um conjunto de “potenciais” da zona como a baia, o comércio, a cultura gastronómica à volta do mar, que pode ser “explorada e potencializada” e que com os investimentos que estão sendo e vão ser feitos, mais tarde, vê-se a possibilidade de ter unidades hoteleiras na Furna.

MC/CP

Inforpress/fim