Brava vai acolher Centro de Investigação da Morna – anuncia o Instituto do Património Cultural

A ilha Brava, mais precisamente a Casa de Eugénio Tavares, irá acolher o Centro de Investigação da Morna, no quadro do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA), informou hoje o presidente do Instituto do Património Cultural (IPC).

Dec 4, 2019 - 04:18
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Brava vai acolher Centro de Investigação da Morna –  anuncia o Instituto do Património Cultural

A ilha Brava, mais precisamente a Casa de Eugénio Tavares, irá acolher o Centro de Investigação da Morna, no quadro do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA), informou hoje o presidente do Instituto do Património Cultural (IPC).

Hamilton Jair Fernandes falava em declarações à imprensa no final da abertura de uma mesa redonda sobre “Vida e Obra de B.Leza (Francisco Xavier da Cruz), patrono do Dia Nacional da Morna, realizado pelo IPC e pela Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA), na Universidade de Cabo Verde, na cidade da Praia.

“Há um trabalho a ser feito no espaço onde alberga o Museu Eugénio Tavares que será transformado em Casa Museu Eugénio Tavares, um pouco ligado à memória da figura e do patrono do Dia Nacional da Cultura e nesse mesmo espaço irá albergar o Centro de Investigação ligada à morna”, avançou.

A reabilitação do edifício, informou, já tem financiamento e, neste momento, estão à espera para tramitar o contrato de consignação e avançar com a reabilitação do edifício.

Sendo que a morna faz parte da identidade do povo cabo-verdiano e para fazer justiça às ilhas que tiveram um peso no quadro da candidatura da morna, informou que, posteriormente, outras ilhas como Santiago, São Vicente, São Nicolau (Tarrafal) e Boa Vista vão também acolher núcleos de investigação sobre a morna, que irá envolver investigadores, académicos e a sociedade civil.

“Não queremos centralizar esse processo ou este núcleo apenas numa só ilha, isso tudo também terá as suas vantagens. Estamos a falar de um processo que obedece ao Plano de Salvaguarda, de um compromisso assumido com a Unesco e atendendo, sobretudo, à questão da insularidade, ou seja, a morna não será exclusiva de uma ilha”, frisou.

O Plano de Salvaguarda, que será implementado em Janeiro de 2020, contempla quatro eixos, nomeadamente a investigação, disseminação e formação, turismo cultural e marca do território a partir da morna.

Fez saber que o Orçamento do Estado para 2020 contempla uma verba de 10 mil contos para a execução do Plano de Salvaguarda.

Jair Fernandes demonstrou novamente a sua firme convicção de que no dia 12 a morna será proclamada Património Cultural e Imaterial da Humanidade e que depois desse dia é preciso preparar para entregar a morna ao mundo.