Bravense realça situação cada vez mais “gritante” e “desanimadora” dos transportes de e para a Brava
Zezinho Rocha, bravense e sócio-gerente de um dos maiores estabelecimentos comerciais da Brava, disse hoje que a situação dos transportes de ligação de e para a Brava está cada vez mais “gritante e desanimadora”.
Zezinho Rocha, bravense e sócio-gerente de um dos maiores estabelecimentos comerciais da Brava, disse hoje que a situação dos transportes de ligação de e para a Brava está cada vez mais “gritante e desanimadora”.
Em declarações à imprensa, Zezinho Rocha lamentou a situação que vem acontecendo com a ilha em termos de viagens de ligação, realçando que esta é uma situação que desgasta os bravenses por diversos motivos.
“É uma situação em que os bravenses realmente já se sentem cansados por motivos diversos”, disse a mesma fonte, justificando que a situação é cada vez mais “gritante e desanimadora”.
A ilha recebeu uma viagem do navio Dona Tututa, vinda e volta no percurso Praia – Fogo – Brava e vice-versa na segunda-feira e só foi possível ter uma outra ligação com esse mesmo navio, mas dessa vez Praia – Brava – Praia hoje, uma vez que o mar do Fogo se encontra revolto, não permitindo assim a realização da viagem do navio Interilhas Praia- Fogo – Brava e vice-versa, que se encontrava agendada para a passada quinta-feira, 02 de Março.
Com a viagem realizada hoje, e devido ao estado do mar no Fogo, foi cancelada também a viagem agendada para sábado, 04, e sem uma data próxima.
Neste sentido, esse bravense alerta para essa situação de dependência, apelando a uma alternativa, justificando que a Brava não possui outro meio de ligação, e tem de ter por isso viagens, independentemente da ligação com o Fogo, caso o mar não permitir, mas o que não se pode é ficar sem viagens por esse motivo.
“Já foram feitos diversos apelos e quando o mais alto representante da ilha, sendo o presidente da câmara municipal faz pressão no sentido de melhoria das ligações, este é acusado por um membro do Governo de falta de lealdade”, apontou, reforçando que nesse sentido um cidadão comum sente-se mais frágil ainda.
E é nesse sentido que apela ao bom senso do Governo no sentido de melhorar a questão do transporte para Brava, para não continuar a bater na mesma tecla todos os dias.
“Enquanto presidente da Câmara Municipal da Brava, que é o representante legítimo do povo da bravense deve ter vez e voz, mas todos tiveram conhecimento da reacção de um membro do Governo”, reforçou, sublinhando que para os bravenses “não foi nada digno”, tendo em conta que estão a sentir na pele a situação do transporte na ilha e que a população em geral sente e sabe que a Brava “está mal servida”.
Quanto ao sector do comércio, evidenciou que para os comerciantes é “uma grande dor de cabeça” fazer com que as mercadorias cheguem na Brava, sobretudo congelados, porque não há o cumprimento dos horários e mudam as datas e dias de viagens em cima da hora.
E essas mudanças sem aviso prévio, segundo este bravense, causam vários constrangimentos, considerando esta situação como sendo “lamentável”, mas com a esperança de que o Governo possa ver seriamente para a ilha, porque caso contrário, na área do comércio, muitas portas vão se fechar.