Bravenses preveem mais complicações no dia-a-dia com o aumento do preço da farinha
A sociedade bravense prevê mais complicações no dia-a-dia com o aumento do preço da farinha que por sua vez vai provocar o aumento dos seus derivados, colocando em risco o trabalho de muitos caso não surjam clientes.
A sociedade bravense prevê mais complicações no dia-a-dia com o aumento do preço da farinha que por sua vez vai provocar o aumento dos seus derivados, colocando em risco o trabalho de muitos caso não surjam clientes.
Em declarações à imprensa, Emanuel Rodrigues, proprietário de uma padaria na localidade de Furna, considerou que a situação está a ficar de “mal a pior”.
Pois, conforme ressaltou, com o aumento do preço da farinha a nível nacional, na Brava o preço é sempre mais elevado e no caso da padaria, não é só com farinha que se trabalha, reforçando que outros ingredientes como o açúcar, a manteiga, o óleo, que são essenciais nesta área já sofreram aumentos também.
“Como vamos fazer para fazer gestão para pagar os impostos que temos, principalmente com as Finanças?”, questionou Emanuel Rodrigues, sublinhando que agora praticamente estão a trabalhar para o Estado, porque de receitas nada estão a conseguir.
Neste sentido, realçou que caso o Governo não intervenha, os pequenos empresários do ramo da padaria, tendo em conta que na Brava não há empresa de panificação de grande porte, vão ter que encerrar as portas, porque não vão conseguir se manter no mercado.
“No último aumento da farinha subimos o pão para 15 escudos, agora vamos ter de subir para 20 escudos e se não tiver aceitação não há outra solução senão encerrar às portas”, anunciou, lamentando a situação que vai colocar em desemprego várias pessoas na ilha.
Neste momento, Emanuel Rodrigues informou que produz cerca de 1000 pães diariamente, para abastecer a localidade de Furna e a cidade de Nova Sintra, uma quantidade que considera pouca para arcar com tantas despesas.
Esta situação não vai afectar somente os empresários do sector da panificação, mas também as donas de casa e as pessoas que fazem o seu dia-a-dia com a confeitaria.
Neste quesito, Rita Fontes realçou que esta situação é “muito complicada” e vai afectar principalmente as famílias numerosas, mas também as com menores condições que preferem fazer o seu pão em casa para diminuir os custos.
Igualmente, Helena Vieira, uma dona de casa, lamentou essa situação que vai causar “vários problemas” no seio das famílias, e para as famílias que dependem da confeitaria a situação vai complicar ainda mais, porque com o preço da farinha, são obrigados a aumentar o preço dos seus produtos e, consequentemente, haverá uma diminuição dos clientes e o rendimento é cada vez menor, aumentando assim as dificuldades no seio familiar.