Bravenses reconhecem a importância da Guarda Costeira no salvamento de vidas

Os bravenses demonstraram-se satisfeitos e gratos com a prestação de serviço que tem sido oferecido pelo navio da Guarda Costeira na ilha, principalmente na transferência de doentes da Brava para a ilha do Fogo.

Em declarações à imprensa, Aida Veiga, bravense, residente na localidade de Furna, realçou que sempre que o navio sai do porto já sabem logo que é um doente que vai socorrer e segundo a mesma não tem sido poucas as saídas.

Neste quesito, considerou que a permanência do navio da ilha tem sido “muito importante”, principalmente nesta altura em que as viagens de ligação Brava –Fogo estão cada vez mais irregulares.

Com este navio da Guarda Costeira, realçou que “há uma certa tranquilidade”, lembrando que Delegacia de Saúde não possui todas as condições para atender e resolver todas as demandas relacionadas com a transferência de doentes para o Hospital Regional Fogo.

E este navio, disse, fá-lo com segurança e com uma velocidade de emergência.

Uma opinião que também foi corroborada e reforçada por Odair Santos, destacando que neste momento a Brava tem passado por maus momentos a nível de ligações marítimas.

E não havendo todas condições de tratamento na Delegacia de Saúde da Brava, o popular acrescentou tudo o que vier para ajudar na saúde é sempre bem-vinda.

Sobre a embarcação da Guarda Costeira, cuja uma das funções é assegurar a transferência de doentes, sublinhou que esta já salvou muitas vidas, que talvez se fosse para esperar pelos barcos de passageiros normal não seria possível dado a irregularidade das viagens a cada dia que passa.

Já Adelino Oliveira, um emigrante que se encontra na localidade de Furna, disse que “é bom ter esse barco”, pois caso não tivesse esse meio de transporte, não sabe ao certo o que seria da população bravense, tendo em conta que é das ilhas mais isoladas do País.

“O barco da Guarda Costeira foi uma dádiva de Deus”, disse, alertando que a Brava necessita de mais ligações, porque os emigrantes que querem vir à Brava são obrigados a passar muitos dias na cidade da Praia na vinda e se não for com antecedência correm o risco de perder a viagem de ligação para o país de destino.

Nana Rosário é uma mãe que vivenciou na pele a importância deste barco. Na terça-feira, por volta das 4:00 de madrugada, a filha grávida de oito meses, que apresentava sinais de parto prematuro na ilha do Fogo, foi socorrida pelo navio, salvando-se assim a mãe e a criança.

“Melhor coisa que o Governo fez, porque atende os pedidos a tempo e hora e com a máxima segurança”, concluiu.

A embarcação chegou a Brava no dia 6 de Novembro de 2022, com um destacamento constituído por 11 efectivos, dividido em dois grupos, sendo seis no navio, e 5 no alojamento.

Até esta data, conforme informações recolhidas pela Inforpress junto do destacamento, já efectuaram cerca de 20 saídas entre transferência de doentes e fiscalização de pesca.

Inforpress