Cabo Verde: Diagnóstico Social da Brava põe à nu vulnerabilidades da ilha
lha Brava – Um estudo sobre o diagnóstico social da ilha Brava mostra que a taxa de abandono escolar aumentou para 30% no último ano lectivo. E as reprovações ultrapassam os 30 pontos percentuais. Nesta ilha do Sotavento há também um elevado número de famílias monoparentais.
Um relatório que tentou compreender as necessidades económicas, sociais e culturais da ilha Brava, considerou melhorias, como o acesso à rede eléctrica, à rede de água, com percentagens que ultrapassam os 98% e que dão uma certa qualidade de vida à população.
Mas, o diagnóstico social da ilha Brava chama a atenção para o abandono escolar que é de 30% no ano lectivo que terminou em julho passado e a reprovação que chega a 32%. O estudo foi feito numa parceria entre as câmaras de Oeiras, em Portugal, e a da Brava. Após publicar o Diagnóstico Social da ilha Brava, o presidente da câmara municipal local, Francisco Tavares veio dizer que a autarquia vai trabalhar com todas as instituições e organizações para entender as razões das reprovações e dos abandonos escolares e agir para prevenção
“O estudo quase que nos diz que essas reprovações e esse abandono têm a ver com algum problema social ou de disfuncionalidade familiar que faz com que essas crianças tragam de casa para a escola problemas que ficam recalcados e depois os impedem de ter sucesso escolar” disse o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares para afirmar ainda que a “Camara Municipal da Brava para apropriar do estudo para ser um guia nas suas acções futuras visando resolver os desafios que o documento apresenta”.
O estudo sobre o diagnóstico social da Brava, mostra que a ilha perdeu mais de 50% da sua população desde a independência do país em 1975. Mais de 60% dos residentes estão na lista dos mais vulneráveis, sendo que 60% das famílias na Brava são mono-parentais e dependentes das remessas financeiras dos imigrantes.
RFI