Cabo-verdiana perde o dinheiro da passagem para Portugal devido a atraso na atribuição de visto

Jul 20, 2016 - 08:17
 0  20
Cabo-verdiana perde o dinheiro da passagem para Portugal devido a atraso na atribuição de visto

O atraso na obtenção de vistos tem causado problemas a várias pessoas que solicitam o visto com a intenção de visitarem Portugal. Muitos perdem o direito à passagem porque até à data da passagem ainda não dispõem do documento solicitado com meses de antecedência. O episódio repete-se com diferentes pessoas que criticam o mau serviço na Embaixada de Portugal. O pedido é feito com dois meses de antecedência, contudo, nem todos conseguem chegar ao destino pretendido. É o caso de Lavínia, uma mãe que pretendia que a filha fosse viver com o pai que se encontra em terras de Camões.

Não é tarefa fácil para os cabo-verdianos conseguirem chegar a Portugal. A burocracia, o longo tempo de espera para obter o visto, desgasta os utentes, levando-os a desperdiçar muitas vezes as próprias economias conseguidas com bastante esforço e suor.

Isto porque nem todas as pessoas conseguem obter o documento antes da data marcada para a viagem, perdendo o direito à passagem. As denúncias são bastantes e o caso da filha de Lavínia, é apenas mais um dos vários episódios que acontece um pouco por todo o país.

Ao NN, Lavínia diz ter perdido o dinheiro que economizou para comprar uma passagem à filha que pretendia viver com o pai que reside há vários anos em Portugal. A mesma diz que outras vezes tentou pedir visto de férias mas não conseguiu.

Lavínia salienta que a tentativa de colocar a filha junto do pai não tem sido tarefa fácil, pois a burocracia é bastante e, para além disso, “o atendimento no Consulado Português deixa muito a desejar”.

Abdiquei de muitas coisas, com muito esforço, suor e vários meses de poupança, consegui adquirir a passagem e, agora, vejo que todo o sacrifício foi em vão, porque até ao momento não tive qualquer resposta da Embaixada de Portugal.

A mãe que se diz preocupada com a situação atribui a culpa ao actual Governo “que nada faz para resolver o problema há muito vivido pelos cabo-verdianos”.