Câmara Municipal de Francisco Tavares à deriva após derrota nas eleições de 1 de Dezembro de 2024
Cidade de Nova Sintra, 16 de Dezembro de 2024 (Bravanews) - Após a sua derrota nas eleições autárquicas de 1 de dezembro de 2024, Francisco Tavares, ex-presidente da Câmara Municipal da Brava, deixou a gestão corrente da autarquia em total desorganização, gerando um ambiente de caos nos serviços municipais. Ele que se gabava de uma gestão eficiente e atenta às necessidades das pessoas, está agora a deixar a ilha numa situação inédita, com a falta de liderança e a ausência de acções concretas para o bem-estar da população.
Funcionários municipais relatam uma situação desconcertante, sem saber como proceder ou o que esperar nos seus locais de trabalho. “Estamos aqui, mas não sabemos o que fazer. Não há indicações, não há liderança. É como se tudo tivesse parado de repente”, afirmou uma fonte próxima ao município, que preferiu não se identificar. Esta falta de direcção tem afetado a normalidade dos serviços prestados à população, com processos acumulando-se, prazos não cumpridos e tarefas deixadas para trás.
A situação é ainda mais grave no que diz respeito à limpeza e à manutenção do meio urbano. Relatos indicam que o lixo começou a acumular nas ruas, sem que houvesse a supervisão e a coordenação necessárias para garantir a sua remoção. A ilha, que sempre se orgulhou de um ambiente limpo e bem cuidado, vê-se agora a lidar com uma deterioração visível do espaço público, algo que tem gerado frustração entre os cidadãos.
Outro episódio que não passou despercebido foi a ausência dos enfeites de Natal na Praça Eugénio Tavares, um símbolo tradicional da época festiva. A praça, que costuma ser decorada a cada início de Dezembro com luzes e enfeites, este ano foi esquecida. “Sempre tivemos o cuidado de ver a praça enfeitada para o Natal. Este ano, nada. Parece que até a alegria do Natal foi deixada de lado”, comentou um residente local, visivelmente decepcionado com a falta de cuidados da câmara.
Francisco Tavares, visivelmente aborrecido com a escolha do eleitorado, que não o elegeu para os próximos quatro anos, tem demonstrado um comportamento de total desinteresse pela gestão da câmara. Visivelmente desgostado e desmotivado, ele tem deixado a autarquia sem a liderança necessária até que a nova equipa eleita tome posse. Este comportamento vai contra as normas estabelecidas pela legislação nacional, que prevê que a equipa camarária eleita deve continuar a gerir o município até à posse da nova equipa.
“É inaceitável que, após a sua derrota, o ex-presidente tenha optado por não gerir a câmara. A legislação é clara: enquanto não houver posse da nova equipa, a gestão deve continuar a ser assegurada pela câmara eleita”, declarou um especialista em direito administrativo. A situação tem causado indignação em vários setores da sociedade, que veem esta atitude como uma falta de responsabilidade e compromisso com a comunidade.
A falta de gestão por parte de Tavares também levanta questões sobre a sua postura em relação ao cargo que ocupou. Para muitos, a sua decisão de não gerir a câmara até à chegada da nova equipa é um reflexo de desdém para com a ilha e para com os cidadãos que o elegeram anteriormente. “Ele deveria ter continuado a trabalhar até ao último momento, pelo menos para garantir que a ilha não ficasse à deriva”, afirmou um membro da oposição.
O município aguarda agora ansiosamente pela posse da nova equipa eleita, que terá a missão de restaurar a ordem, retomar os serviços públicos e garantir que a autarquia retome a sua normalidade. A esperança dos cidadãos recai sobre os novos eleitos, que terão de enfrentar um cenário complicado, mas que poderá também servir como uma oportunidade para reconstruir a confiança da população na gestão municipal.
Enquanto isso, a ilha permanece à espera de uma liderança que a guie, resolva as questões urgentes e devolva a normalidade aos seus habitantes. Os próximos dias serão cruciais para determinar a velocidade e a eficácia com que a nova equipa conseguirá reverter a situação atual e devolver o município aos seus cidadãos.
MS