CAPÍTULO 01/32 – BRAVA, A MAIOR MOTIVAÇÃO PARA O GRANDE PROJECTO!
CAPÍTULO 01/32 – BRAVA, A MAIOR MOTIVAÇÃO PARA O GRANDE PROJECTO! LIVRO: a verdadeira e única história da Cabo Verde Fast Ferry Brava é conhecida como a ilha das flores, morna e, igualmente, portão de saída para os Estados Unidos da América. Mas, sendo a única ilha sem aeroporto e sem conexões marítimas com escalas confiáveis, o constante isolamento, infelizmente, trouxe grandes repercussões no seu desenvolvimento e, consequentemente, no bem-estar de seus habitantes.
CAPÍTULO 01/32 – BRAVA, A MAIOR MOTIVAÇÃO PARA O GRANDE PROJECTO!
LIVRO: a verdadeira e única história da Cabo Verde Fast Ferry
Brava é conhecida como a ilha das flores, morna e, igualmente, portão de saída para os Estados Unidos da América. Mas, sendo a única ilha sem aeroporto e sem conexões marítimas com escalas confiáveis, o constante isolamento, infelizmente, trouxe grandes repercussões no seu desenvolvimento e, consequentemente, no bem-estar de seus habitantes.
Durante o verão de 2005, a ilha recebeu um forte apoio, da parte de um ex-emigrante, o falecido José Domingos Lopes, que havia disponibilizado o seu Iate, cujo nome era Nossa Senhora do Monte, iate esse que era para efeitos de evacuações e serviços de emergência. Este nobre gesto veio preencher a lacuna em termos de transporte marítimo, pelo menos, no trajeto Brava / Fogo. Mas, num dia de tempestade e de forte vento, o seu iate sofreu a fúria do “canal oceânico entre as duas ilhas”, ficou com o mastro quebrado e, quase que se afundou, com 12 pessoas a bordo. A perda de Nossa Senhora do Monte resultou, claramente no isolamento total da pequena e remota ilha da Brava. Na mesma época, algumas pessoas, incluindo imigrantes, morreram, de forma inesperada, antes mesmos de terem deixado a ilha, causando, desta forma, grande pânico entre os membros da família da comunidade na diáspora, neste caso preciso, nos EUA.
A população e a comunidade da diáspora dos EUA, em sintonia com o governo local, passaram a posicionar-se, exigindo que o governo resolvesse o permanente problema de isolamento da ilha. Escusado será dizer que, o isolamento da Brava dificulta, e muito, a atração de investimentos públicos e privados, ambos necessários para alavancar o seu desenvolvimento, o que prejudica, grandemente, o seu potencial. Muitos que tiveram de deixar a Brava em busca de oportunidades económicas, conhecem muito bem essa realidade, e por isso, encontram-se motivados a ajudar, a ver sua ilha-mãe crescer e desenvolver-se. Pese embora o foco fosse resolver anos de incerteza e isolamento repetido, a maioria acredita que, com o problema de transporte solucionado de uma forma "sustentável", os outros setores económicos, como o turismo, a pesca, o artesanato, a agricultura especializada, entre outras áreas, de certeza, atrairão mais investimentos, sobretudo do setor privado que, pode gerar empregos para sustentar a população com uma vida decente.
Muitos de nós acreditamos, fortemente, que Brava vai recuperar o seu lugar económico em Cabo Verde, desde que o problema de transporte seja resolvido, de uma vez por todas. O ano de 2005 foi um ano de oportunidades para estimular o desenvolvimento sustentável da Brava, através de uma estratégia de transporte plurianual. O desenvolvimento que aconteceu na ilha de S. Antão mostrou que, o crescimento e a transformação são possíveis sim, e podem ser alcançados. Com isto, o principal desafio para a ilha da Brava e para a República de Cabo Verde era, precisamente, ter uma visão ousada, tendo por base, um plano realista a nível de ligação e marítima.
Neste momento particular, e em especial, para mim, a ligação confiável para a ilha da Brava tornou-se a maior MOTIVAÇÃO.
No Capítulo 02, falaremos do primeiro encontro que teve lugar em Washington, DC com o Sr. Embaixador. Esta verdadeira e única história, composta por 32 capítulos, destaca: o porquê, o quê, como, quando, quem e o que é realmente a CVFF. Durante 32 semanas, o livro leva-nos ao processo de desenvolvimento da Cabo Verde Fast Ferry, do sonho à realidade, incluindo a promoção, o envolvimento da comunidade e anos de angariação de fundos, implementação, operações e, finalmente ao processo de compra e leasing das suas embarcações, por parte do governo de Cabo Verde.
Um dos objetivos do narrar da presente história, uma iniciativa histórica estimulada pela Diáspora que transformou o sector de transporte marítimo em CV, é preparar outros membros da comunidade mundial, sobre como lidar com uma burocracia desmedida e operar num negócio de sucesso em Cabo Verde. Venha, nesta viagem especial de navegar nas águas de Cabo Verde, por vezes, bastante agitadas. Para isso, não deixe de ler o próximo capítulo - encontro em Washington, DC com o Sr. Embaixador.