Carreira marítima Fogo e Brava: População revoltada com retirada do Kriola da rota, Praia D’Aguada repõe ligação
A Cabo Verde Fast Ferry repõe, a partir desta segunda-feira, 24, a ligação entre as ilhas de Santiago, Fogo e Brava, através do navio a motor de cargas e passageiros, “Praia D’Aguada”. Tudo por causa da retirada do “Kriola” da rota, que se encontra em reparação no Estaleiro Naval da Cabnave, ilha de São Vicente. Já os utentes dizem-se revoltados com esta situação e operadores económicos das duas ilhas mais a sul do país já calculam prejuízos elevados.
A Cabo Verde Fast Ferry repõe, a partir desta segunda-feira, 24, a ligação entre as ilhas de Santiago, Fogo e Brava, através do navio a motor de cargas e passageiros, “Praia D’Aguada”. Tudo por causa da retirada do “Kriola” da rota, que se encontra em reparação no Estaleiro Naval da Cabnave, ilha de São Vicente. Já os utentes dizem-se revoltados com esta situação e operadores económicos das duas ilhas mais a sul do país já calculam prejuízos elevados.
A retirada provisória do navio Kriola da rota Fogo/Brava está a gerar fortes descontentamentos da população da região. Em comunicado, a Cabo Verde Fast Ferry anuncia que o Praia D’Aguada inicia o percurso, a partir do Porto da Praia, esta segunda-feira, para São Filipe-Fogo e Furna na ilha da Brava. Tudo com o objectivo de repor a ligação normal do navio “Kriola”, que, neste momento, se encontra em reparação no Estaleiro Naval da Cabnave, em São Vicente.
Ao que o Asemanaonline apurou, a suspensão da ligação entre as três ilhas referidas, fez com que os operadores económicos tivessem prejuízos avultados na comercialização de seus produtos e não só. Além disso, muitos emigrantes, estudantes e funcionários em férias viram a sua ocupação em risco.
“Pessoas com planos alterados, doentes à espera de evacuação, outras ainda com viagens programadas para o exterior mostram-se indignados com a situação e sequer sabem se haverá ligação marítima com a ilha Brava com frequência regular», desabafou um comerciante local ouvido por este diário digital.
Mas familiares de doentes mostram-se mais “desesperados”, por considerarem que há uma semana que não há como encaminhá-los ao Hospital Regional de São Francisco em São Filipe-Fogo e/ou para o Hospital Central Agostinho Neto, na Praia.
“Os nossos doentes correm o risco de contraírem infecções e até morrerem, porque não há como serem evacuadas para São Filipe ou Cidade da Praia. Aliás, esta situação debilita cada vez mais a nossa confiança com as autoridades e governantes locais e nacionais, e constitui um obstáculo ao desenvolvimento da ilha nos seus diversos sectores”, manifesta Francisco Monteiro, emigrante bravense nos Estados Unidos da América (EUA).