China pede ao Canadá para travar extradição de directora financeira da Huawei para os EUA

A China pediu hoje ao Canadá para impedir a extradição para os Estados Unidos da directora financeira da gigante tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou, detida no Canadá a pedido de Washington no dia 01 de Dezembro.

Mar 2, 2019 - 13:15
 0  20
China pede ao Canadá para travar extradição de directora financeira da Huawei para os EUA

A China pediu hoje ao Canadá para impedir a extradição para os Estados Unidos da directora financeira da gigante tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou, detida no Canadá a pedido de Washington no dia 01 de Dezembro.

“O abuso por parte dos Estados Unidos e do Canadá das regras de extradição é uma violação séria dos direitos legítimos de um cidadão chinês”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang.

Na sexta-feira, o Departamento de Justiça do Canadá emitiu uma autorização para dar início ao processo de extradição de Meng, filha do fundador da Huawei, que foi detida pelas autoridades do Canadá a pedido dos Estados Unidos quando fez escala em Vancouver a caminho do México, numa medida que causou uma crise diplomática entre Otava e Pequim.

“Este é um evento político sério. Mais uma vez apelamos aos Estados Unidos que retirem imediatamente o mandado de detenção e o pedido de extradição”, sublinhou o responsável chinês.

Após a detenção da diretora da Huawei no Canadá, a China respondeu com a detenção de dois cidadãos canadianos: o diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor, acusado de colocar em risco a segurança nacional do gigante asiático.

É esperado que Meng, que está atualmente em liberdade sob fiança e proibida de deixar a sua casa em Vancouver, no oeste do Canadá, compareça, no dia 06 de março, perante a Supremo Tribunal da província de British Columbia para iniciar o processo de extradição.

Em Janeiro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Huawei, duas empresas filiadas e Meng Wanzhou de 13 acusações de fraude e conspiração para, alegadamente, ignorar as sanções impostas por Washington ao Irão.