Chuvas/Brava: Moradores de Fajã preocupados com queda de chuvas e temem um novo isolamento da zona
A comunidade de Fajã d´Água demonstrou-se hoje preocupada com a situação da única estrada de ligação da zona às outras localidades que não apresenta segurança nesta época das chuvas, principalmente após a derrocada.
Em declarações à Inforpress, Sónia Baptista, moradora da zona, contou que com a queda de chuva esta quarta-feira, o troço de estrada que sofreu a derrocada no passado dia 21 de Janeiro de 2023, e que ainda não foi totalmente reabilitada, ficou interditada, mas com algumas pequenas intervenções abriu-se a passagem para viaturas, mas que não é garantida porque se cair mais chuvas esta noite a situação pode complicar-se.
Aliás, destacou que a passagem é improvisada porque mesmo sem chuva os carros enfrentam várias dificuldades para descer e subir de Fajã, já com chuva é pior.
Perante esta situação, a Inforpress entrou em contacto com o responsável pelo sector municipal da Protecção Civil e Bombeiros da ilha Brava, António Lopes, que demonstrou a sua preocupação quanto à comunidade de Fajã d´Água, reforçando que a sua equipa esteve na localidade hoje de manhã, tendo deparado com alguma queda de pedras na estrada, mas que já foram removidas.
Segundo a mesma fonte à situação dessa estrada é “bastante preocupante” aproveitando para apelar ao Governo e ao Instituto de Estradas para verem o que podem fazer com esta estrada porque é uma preocupação não só para a comunidade, mas também para os serviços municipais que ficam preocupados nesta altura, caso aconteça alguma coisa nesta localidade e não sabem como chegar para socorrer a população.
Lopes relembrou que esta é a única via de ligação, tendo também a opção marítima através de bote, mas isso implicaria partir do porto de Furna ou de Tantum o que aumentava o tempo para a prestar socorro.
O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) alertou hoje que Cabo Verde vai estar hoje e sexta-feira, 18, sob influência de uma onda tropical que deverá provocar um “agravamento significativo do estado do tempo”.
Segundo a mesma fonte, as condições adversas vão sentir-se “com maior incidência” nas ilhas de Santiago, Fogo e Brava, no grupo do Sotavento, e nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, no Barlavento.