David Lima Gomes, Deputado do MPD, pede intervenção do Governo para pôr fim aos abusos da Cabo Verde Fast Ferry

David Lima Gomes, Deputado do MPD, pede intervenção do Governo para pôr fim aos abusos da Cabo Verde Fast Ferry

Cidade de Nova Sintra, 24 de Jan (Bravanews) - David Lima Gomes, Deputado do MpD pelo círculo Eleitoral da Brava, usou da tribuna da Assembleia Nacional para pedir a intervenção do Governo ao que considera o descaso da CVFF para com a ilha Brava.

Gomes falava no período da ordem do dia, aproveitando do facto da ilha estar mais de quatro dias sem transporte e o facto do envio das mercadorias para a Brava estarem a ser limitadas ao peso, medidas “impostas” sem qualquer diálogo com os operadores económicos.

Para o deputado, esta falta de diálogo e de imposição de decisões,  está a criar um clima de mal estar dos comerciantes em relação a empresa, o que não favorece a Brava.

Segundo o Deputado, os comerciantes estão obrigados a proceder a pesagem das viaturas, impondo um peso máximo, nas cargas transportadas o que diminui significativamente a quantidade que transportam, tendo as viaturas muitas vezes obrigadas a irem com metade da quantidade de cargas que transportavam anteriormente.

O abuso da CVFF vai mais, pois quando chegam ao porto da Praia, os operadores são obrigados a diminuir a quantidade dos produtos, muitas vezes frescos e congelados, “sem que ninguém responsabilize pelas produtos que ficam em cima do Cais.”

Para o deputado, esta situação encarece os produtos,  que chegam a Ilha à um preço exorbitante, pois os custos refletem nos preços finais  dos produtos e quem sai prejudicado é o consumidor final que terá que pagar um preço muito elevado pelos produtos, pois dizem os comerciantes,  é a única forma de terem algum lucro.  

Os comerciantes apelam também a colocação do Navio Praia de Aguada nesta linha, pelo menos uma vez por mês,   no sentido de aumentar da disponibilidade das mercadorias na Ilha e que poderá  chegar a um preço mais acessível, caso contrário a situação torna-se insustentável.

Gomes termina a sua intervenção na AN dizendo que os operadores económicos apelam para um diálogo e procura de melhores  soluções para esta questão entre os diversos atores, nomeadamente,  o Governo, a Empresa Cabo Verde Fast Ferry  e a ENAPOR no intuito de fazer com que a população não continue a ser prejudicada pelos elevados preços dos produtos, incluindo os de primeira necessidade, melhorando assim o ambiente de negócios na Ilha.

MS

* titulo da responsabilidade da Bravanews

Em baixo a intervenção na integra

Trago a consideração a esta casa Magna Casa Parlamentar  uma questão que está a afetar a população da  Brava, que se prende com a questão dos transportes, mais concretamente no que toca a questão do comércio e as atividades e ele ligadas.

Os operadores do ramo queixam-se de várias dificuldades em fazer chegar os seus produtos à Ilha devido, sobretudo a algumas medidas impostas ultimamente pela empresa Cabo Verde Fast Ferry e a Enapor aqui na Cidade da Praia, que já começou a criar um clima de mal estar dos comerciantes em relação à Empresa.

Segundo os mesmos estão obrigados a proceder a pesagem das viaturas, impondo um peso máximo, nas cargas transportadas o que diminui significativamente a quantidade que transportam, tendo as viaturas muitas vezes obrigadas a irem com metade da quantidade de cargas que transportavam anteriormente.

Hoje, confidencia um comerciante, paga-se cerca de 60.000$00 (Sessenta Mil Escudos), por viagem,  para  3 ou 4 toneladas de carga o que não compensa e nem se justifica.  Diminui-se a tonelagem mas o valor  pago pelas viaturas continua o  mesmo.

Quando chegam ao porto da Praia, os operadores são obrigados a diminuir a quantidade dos produtos, muitas vezes frescos e congelados, sem que ninguém responsabilize pelas produtos que ficam em cima do Cais.

Esta situação encarece os produtos,  que chegam a Ilha à um preço exorbitante, pois os custos refletem nos preços finais  dos produtos e quem sai prejudicado é o consumidor final que terá que pagar um preço muito elevado pelos produtos, pois dizem os comerciantes,  é a única forma de terem algum lucro.   

Os operadores reclamam igualmente a atribuição de uma quota de pelo menos 4 (quatro) viaturas da Ilha,   nas viagens do navio Kriola na linha, Brava/Fogo/ Praia e vice versa, tendo em conta que se sentem prejudicados em relação aos comerciantes da Ilha do Fogo, que normalmente são beneficiados pela companhia em detrimento dos da Brava.

São unanimes em afirmar que se a situação se mantiver o comercio ficará substancialmente afetado e alguns até poderão correr  o risco de fechar as portas, enfatizam.

Durante a última época festiva, vários produtos escasseiam no mercado, outros tiveram ruptura de stock devido aos problemas com o transporte de mercadorias.

Apelam também a colocação do Navio Praia de Aguada nesta linha, pelo menos uma vez por mês,   no sentido de aumentar da disponibilidade das mercadorias na Ilha e que poderá  chegar a um preço mais acessível, caso contrário a situação torna-se insustentável, afirmam.

Os Brevenses ansiavam pela recuperação deste Navio que teve como um dos principais propósitos iniciais ligar a Brava ao resto do País, e penso,  poderá continuar a fazê-lo embora em moldes diferentes.

Apelam para um diálogo e procura de melhores  soluções para esta questão entre os diversos atores, nomeadamente,  o Governo, a Empresa Cabo Verde Fast Ferry  e a ENAPOR no intuito de fazer com que a população não continue a ser prejudicada pelos elevados preços dos produtos, incluindo os de primeira necessidade, melhorando assim o ambiente de negócios na Ilha.

Estas questões já foram algo de discussão num encontro com o Conselho da Administração da Empresa mas achamos conveniente trazer para este fórum, pois o envolvimento das partes é importante,  para que se possa encontrar as melhores vias e as soluções possíveis que este caso requer.

Contudo pensamos que estas e outras situações, que dizem respeito à Ilha poderão conhecer dias melhores com o pacote já anunciado pelo Governo de resolver definitivamente a questão dos transporte marítimos entre as ilha, unir Cabo Verde  a bem do Pais e da Brava em particular.