Delegacia de Saúde da Brava já conta com o seu posto de transfusão sanguínea

A Delegacia de Saúde da ilha Brava já conta com posto de transfusão de sangue e profissionais de saúde capacitados para dar resposta em casos de urgências para minimizar algumas complicações na transferência de pacientes.

Esta informação foi avançada à imprensa pela hematologista e responsável do Programa Nacional de Segurança Transfusional, Conceição Pinto, explicando que com este posto na Brava, Cabo Verde já está 100 por cento (%) preparado para prestar este tipo de serviço aos pacientes.

Para a médica, a criação desse posto de transfusão de sangue dotado de profissionais de saúde capacitados constitui motivo de “grande satisfação”, pois irá permitir que em situações de emergência qualquer pessoa que vive no país tenha acesso a transfusão.

No âmbito da instalação do posto de transfusão de sangue, os técnicos de saúde receberam uma formação em transporte, preparação e administração de sangue, componentes e derivados sanguíneos.

Segundo Conceição Pinto, o sangue é um bem que salva vidas, mas por vezes pode acontecer alguns problemas durante a transfusão, sendo necessário que tanto os enfermeiros como os médicos estejam capacitados para reconhecerem os problemas e tratar os doentes.

A reserva de sangue para o posto de transfusão vai ser suportada pelo Banco de Sangue da Região Sanitária Fogo e Brava, no Hospital São Francisco de Assis, na ilha do Fogo, iniciando-se com duas unidades de sangue.

A médica explicou que esta é a quantidade suficiente para estabilizar um doente com hemorragia ou qualquer outra situação, e se houver necessidade de aumentar será aumentado, tendo em conta também a validade do sangue que neste caso, as reservas que possuem têm uma validade de 42 dias, não correndo assim o risco de desperdiçar sangue.

Estas reservas, conforme realçou Conceição Pinto, são para as situações de emergência para que mesmo que os doentes tenham que ser transferidos para a ilha do Fogo, essa transferência seja feita em condições de segurança.

Esta iniciativa de instalar postos a nível nacional, onde não haja Bancos de Sangue é segundo esta responsável, pensando nas situações de hemorragias agudas, onde não há como esperar, e trabalhar com foco para que ninguém perca a vida na Brava ou em qualquer outra ilha e nem durante a transferência devido à falta de sangue.