Disputa da Liderança do MpD com denúncias de ameaças: Candidato Orlando Dias diz que não permite manipulação do processo eleitoral e pede ao GAPE que investigue ilegalidades detetadas
A polémica está instalada. Orlando Dias, candidato a presidente do MpD pede, em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 17 de março, ao Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE)) que seja feita uma investigação para que seja esclarecido em que circunstâncias várias proponentes da sua candidatura foram contactados telefonicamente com ameaças e tentativas de intimidação por o apoiarem. O adversário de Ulisses Carreia e Silva fez questão de realçar que o Regulamento Eleitoral, aprovado pela Direção Nacional do MpD, «que manchou irreversivelmente a credibilidade deste órgão», mereceu da parte deles «uma queixa junto do Tribunal Constitucional», do qual aguarda-se a decisão a todo o momento.
A polémica está instalada. Orlando Dias, candidato a presidente do MpD pede, em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 17 de março, ao Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE)) que seja feita uma investigação para que seja esclarecido em que circunstâncias várias proponentes da sua candidatura foram contactados telefonicamente com ameaças e tentativas de intimidação por o apoiarem. O adversário de Ulisses Carreia e Silva fez questão de realçar que o Regulamento Eleitoral, aprovado pela Direção Nacional do MpD, «que manchou irreversivelmente a credibilidade deste órgão», mereceu da parte deles «uma queixa junto do Tribunal Constitucional», do qual aguarda-se a decisão a todo o momento.
Conforme a mesma fonte, este pedido surgiu da polémica que se instaurou em torno da lista de candidatos a delegados à Convenção Nacional, prevista para 26,27 e 28 de Maio de 2023.
O candidato Orlando Dias alega que esta manipulação e mistificação em torno da eleição de delegados teve terreno fértil na própria data das eleições, já que as eleições para Presidente do MpD e de delegados à Convenção Nacional, deveriam ter sido marcadas para datas diferentes, conquanto os boletins de voto sejam autónomos.
Dias esclarece ainda que não apresentou, nem tinha que apresentar qualquer lista de candidatos a delegados à Convenção Nacional, “e por uma razão bem simples, ao contrário dos nossos opositores, a que o GAPE, consciente ou inconscientemente, dá agora cobertura esta candidatura, pese a circunstância de não se rever completamente neles, cumpre escrupulosamente o que vem disposto nos Estatutos do MpD”.
Ainda na conferência realizada esta manhã, o candidato a presidente do MpD, sublinha algumas imprecisões do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral avançadas em recente conferência de imprensa.
"Parece-nos haver alguns equívocos associados à recente conferência de imprensa do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral, que avançou duas imprecisões", elucida o conferencista:
- A primeira delas, é que o GAPE ao contrário do que foi dito, não recebeu uma lista de candidatos a delegados à Convenção Nacional de maio, mas sim, 22 listas, correspondentes aos vinte e dois municípios de Cabo Verde, mais as listas da diáspora;
- A segunda, é que tão pouco as listas de candidatos a delegados podem ser apresentadas pela candidatura de Ulisses Correia e Silva a Presidente do MpD, como aliás vem bem expresso nos Estatutos do Partido.
DN manchada por ilegalidades e queixa ao Tribunal Constitucional
Quanto ao GAPE, o mesmo diz estar tudo a correr dentro da normalidade, ao mesmo tempo alega também que não há atropelos às normas interna. Isto numa alusão ao Regulamento Eleitoral, aprovado pela Direção Nacional do MpD, «que manchou irreversivelmente a credibilidade deste órgão», e que, segundo Orlando Dias, mereceu da parte deles «uma queixa junto do Tribunal Constitucional», do qual aguarda-se a decisão a todo o momento.
“Efetivamente, a anormalidade de todo o processo eleitoral é inaugurada com a aprovação do citado regulamento, em violação flagrante dos Estatutos do MpD e do Código Eleitoral de Cabo Verde, conforme tivemos ocasião de denunciar oportunamente”, frisa Dias.
O mesmo avança ainda que a ilegalidade de todo o processo é comprovável pela simples consulta dos Estatutos, que o GAPE diz cumprir, e do Código Eleitoral, a que o mesmo (GAPE) diz recorrer em caso de dúvida.
Dito tudo isso, Orlando Dias pede que seja investigado, já que apenas esta candidatura e o GAPE têm acesso aos nomes e contactos dos proponentes, pelo que o vazamento de dados só pode ter sido efetuado por alguém do próprio GAPE.
Candidato firme que não abandona o MpD
Diante da polémica instalada, o adversário de Ulisses Correia e Silva avisa que pretende levar, até ao fim, a sua firme candidatura alternativa à liderança do MpD.
«A Candidatura de Orlando Dias vai continuar serenamente o seu caminho de informação e esclarecimento dos militantes e das militantes, percorrendo Cabo Verde e a Diáspora em contactos diretos e apresentando as suas propostas para o Partido e para o País, não nos deixando desviar por episódios marginais ao Estado de Direito Democrático, mas não deixando, igualmente, de os denunciar com firmeza política», asseverou.
Dirigindo-se aos militantes face à polémica instalado, Dias assevera que nunca abandonará o MpD, independentemente dos resultados eleitorais (diretas para escolha do novo líder) de 16 de abril próximo.
«Orlando Dias é um homem do Partido e de Partido, que construiu a sua trajetória política guiado pelos valores republicanos, que nunca abandonou o MpD nem o irá abandonar, independentemente dos resultados eleitorais de 16 de abril», fez questão de realçar Orlando Dias na conferência de imprensa de hoje.