Educação recebe a maior fatia do Orçamento do Estado
Orçamento do Estado para 2018 vai ter um valor global de 61 milhões de contos. 20% vão ser canalizados para a educação que recebe, assim, a maior fatia do OE2018.
"É um orçamento que pretende provocar a ruptura na economia cabo-verdiana", disse, hoje, Olavo Correia no final da apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano. O ministro das Finanças destacou ainda que défice orçamental será de 3,1% "um valor abaixo do que tínhamos para este ano".
Para Olavo Correia este é um documento que "procura trazer soluções efectivas para a economia" nacional. Soluções que passam pelo "financiamento, transportes marítimos, transportes aéreos, mas também pela criação de um contexto para que as empresas possam ter condições para inovar, para expandir o negócio, gerando empregos e rendimentos".
Do valor total do Orçamento do Estado para o próximo ano, a maior fatia será dedicada ao sector da educação. "O futuro de Cabo Verde está numa educação de excelência", começou por explicar Olavo Correia. "Se não conseguirmos ter uma educação de excelência para preparar os jovens para o mercado de trabalho, para a competição, para a inovação e para o mundo moderno não vamos vencer esses desafios. A educação de excelência tem custos e esse custo deve ser suportado por todos os cabo-verdianos através dos impostos. Nós estamos a investir para termos um enquadramento em que os jovens possam ter competências para entrarem no mercado de trabalho e o governo está a investir nisso".
Outro ministério cujo valor do orçamento foi revelado foi o da cultura que receberá, no próximo ano, 500 mil contos.
Olavo Correia revelou ainda que o Estado espera receber cerca de 42 milhões de contos de impostos no próximo ano e que o défice orçamental será de 3,1%. Quanto ao crescimento do PIB será de 5,5%. "Para chegar ao 7, temos de passar pelo 5 e Cabo Verde vai crescer muito mais. Agora, nós temos de criar as soluções. Não é possível crescer mais que 4% como crescemos hoje se não forem encontradas soluções de financiamento à economia, para os transportes marítimos, para os transportes aéreos, para que tenhamos uma burocracia mais amiga das empresas, para que tenhamos medidas concretas para estimular a produção e a exportação das empresas. São essas medidas que vamos tomar este ano que vão fazer com que a economia possa crescer mais do 5,5%."
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