Eleitores na Brava questionam atribuições de obras exclusivas a um único empreiteiro pela Câmara Municipal de Francisco Tavares
Cidade de Nova Sintra, 18 de Novembro de 2024 (Bravanews) - Na ilha da Brava, o cenário político se intensifica à medida que a campanha eleitoral se desenrola, com os eleitores da ilha expressando crescentes preocupações sobre a gestão da Câmara Municipal liderada por Francisco Tavares. A principal queixa entre a população diz respeito à atribuição de um número significativo de obras municipais durante o seu mandato a um único empreiteiro. Acusado de nepotismo, compadrio e corrupção, Tavares terá, sem dúvida, muito a esclarecer aos seus eleitores, que agora questionam a transparência e a equidade na distribuição de contratos públicos.
Nos últimos 4 anos, os bravenses têm acompanhado com crescente desconfiança a atribuição de praticamente todas as grandes obras da Câmara Municipal a um só empresário local, um nome que se tornou sinônimo de projetos públicos na ilha. Embora, em tese, a adjudicação de obras públicas devesse ser um processo transparente e competitivo, a comunidade acusa Tavares de favorecer este único empreiteiro, o que levanta sérias dúvidas sobre a legalidade e a ética por trás dessas decisões.
“É difícil entender como, em um município com tantas necessidades e empreiteiros qualificados, todas as obras acabam nas mãos da mesma pessoa. A impressão que temos é de que o processo está viciado desde o início”, afirmou um morador da cidade de Nova Sintra, que pediu anonimato. Segundo ele, o favorecimento teria sido visível em uma série de obras de infraestrutura, desde a construção de placas desportivas, reabilitação de escolas, construção de casas de banho, etc.
A crítica se estende a várias áreas, com os eleitores questionando a falta de diversidade nas empresas contratadas para executar serviços municipais. Para muitos, a sensação de que o dinheiro público está sendo distribuído de maneira desigual, e sem um critério claro de seleção, alimenta a desconfiança e a indignação entre a população.
Os opositores de Francisco Tavares, em especial membros da sociedade civil e de partido da oposição, acusam-no de promover práticas de nepotismo e compadrio. Segundo esses críticos, a escolha do empreiteiro em questão estaria diretamente ligada a relações pessoais e de amizade com o próprio Presidente da Câmara, criando um círculo vicioso de favores mútuos. “A sensação é de que as decisões não são baseadas em mérito ou na melhor proposta, mas sim em interesses pessoais. Estamos falando de dinheiro público, e é natural que a população queira respostas sobre como e por quem ele está sendo administrado”, declarou um morador de Nossa Senhora do Monte.
Além disso, algumas fontes indicam que o empreiteiro em questão teria recebido repetidas vezes contratos com valores acima do mercado, o que acirra ainda mais as acusações de corrupção. Embora o presidente da Câmara negue qualquer irregularidade, os eleitores exigem uma investigação independente para apurar a veracidade dessas alegações e garantir que os recursos municipais sejam utilizados de maneira justa e transparente.
A situação cria um ambiente tenso para Francisco Tavares, que agora se prepara para defender sua gestão nas urnas. Durante os últimos dias, tem sido claro que a distribuição de contratos a um único empreiteiro se tornou um dos principais pontos de debate entre os candidatos à presidência da Câmara Municipal. Os adversários de Tavares têm explorado esse tema como uma das principais bandeiras de sua campanha, prometendo mais transparência e justiça nos processos de licitação.
“Os bravenses merecem mais. Eles merecem uma gestão que não só entregue obras, mas que faça isso com ética e respeito aos princípios da administração pública. Não podemos aceitar que o erário público seja usado para alimentar interesses privados de alguns poucos. O povo está atento e vai cobrar isso nas urnas”, afirmou um elemento da candidatura adversaria.
Com a eleição se aproximando, a pressão sobre Francisco Tavares aumenta. A acusação de nepotismo e favorecimento a um único empreiteiro está sendo o tema central da campanha, e Tavares esta com dificuldades para justificar suas decisões e mostrar que sua administração foi pautada pela moralidade e pela eficiência.
Por outro lado, os eleitores da Brava, especialmente os que se sentem prejudicados por essa falta de diversidade nos contratos municipais, estão mais vigilantes do que nunca. A opinião pública se polariza, e os próximos meses devem ser cruciais para determinar o futuro da ilha.
À medida que a campanha eleitoral avança, o caso da Brava reflete um problema mais amplo que afeta muitas regiões do país: a necessidade de garantir que a gestão pública seja transparente e justa, sem favorecimentos ou privilégios. Francisco Tavares terá, sem dúvida, muito a explicar aos seus eleitores, que, mais do que nunca, exigem uma administração municipal que atenda às necessidades da comunidade, com ética e compromisso. O desfecho dessa história ainda está por ser escrito, mas o povo da Brava já deixou claro que está atento e preparado para cobrar explicações nas urnas.