Escolher Clovis Silva ou Francisco Tavares?
É comum, em época de eleições, que os meios de comunicação dediquem-se a publicar matérias sobre as mais variadas fórmulas que o eleitor deve usar na hora de decidir em quem votar.
É comum, em época de eleições, que os meios de comunicação dediquem-se a publicar matérias sobre as mais variadas fórmulas que o eleitor deve usar na hora de decidir em quem votar.
Na Brava no dia 25 de Outubro os mais de quatro mil eleitores terão a oportunidade de escolher entre Clovis Silva (PAICV) e Francisco Tavares (MpD).
Durante a campanha eleitoral os candidatos tiveram de calcorrear a ilha de les a les levando seus projectos, sonhos e ideias para os próximos quatro anos.
Todas as ideias passadas foram interessantes, algumas simples, outras nem tanto. Com base nisso, aproveitando a oportunidade, elegemos alguns critérios que devem ser levados em conta para escolher um candidato.
Primeiramente, o eleitor devia identificar quais valores julga mais importantes e quais valores quer ver seu representante defender. Isso é importante porque, geralmente, escolhemos um candidato por afinidade, ou seja, aquele que tem valores iguais aos nossos.
Em teoria, não há nada de errado nessa escolha, aliás, é improvável, senão impossível, alguém votar em quem defende valores opostos aos seus. Contudo, o eleitor deve esforçar-se para escolher candidatos que tenham preocupações com a ilha, na sua vertente agricola, pescatoria, criacao de gados e relacao com os emigrantes, ou seja, preocupações que dizem respeito ou são aplicáveis a todas as pessoas e não só a um pequeno grupo.
O eleitor deve conhecer bem a fundo os candidatos, assim como sua atuação profissional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Se o discurso do candidato não condiz com sua atuação em outros momentos da vida, isso é um indício de que ele pode estar mentindo.
Em seguida, é preciso analisar suas propostas, o partido ao qual está filiado e quem são seus correligionários. Além disso, é preciso ver se suas promessas são viáveis e compatíveis com o cargo que ele pretende ocupar. Promessas genéricas do tipo “vou criar milhares de empregos” ou “vamos desenvolver o turismo” são muito fáceis de fazer e obviamente são inviáveis de cumprir.
Informação das mais importantes é saber quem são os financiadores do candidato, pois as pessoas e empresas que financiam as campanhas eleitorais têm interesses que nem sempre se coadunam com os interesses da coletividade.
Muito embora não dê para ter certeza de que o candidato mais preparado cumprirá suas promessas, mesmo que viáveis, é possível reconhecer e descartar o político falastrão e despreparado.
Para Brava, Clovis Silva voltou sua atenção para a necessidade de uma ilha Brava produtiva, pois segundo ele, para se ter riqueza será sempre necessário ter produção. Ainda registou a necessidade de aposta na área social, com reabilitação de casas, particularmente as habitadas por idosos.
Prometeu uma aposta forte no sector da pesca, como uma área de baixo investimento a alta rentabilidade. Não esqueceu também de deixar suas propostas na área da saúde, educação, desporto, cultura e juventude.
Por seu turno, Francisco Tavares, disse que sua gestão será de continuidade, com aposta no Turismo, habitacao social, formação profissional e educação superior.
Lembrou que conhece bem a realidade da ilha, ao contrário do seu adversário, que apelidou de “turista político”.
No seu périplo por toda a ilha Tavares foi desenhando junto dos eleitores as estratégias para os próximos quatro anos, prometendo dotar todas as casas da ilha, como uma casa de banho condigna até 2024, caso vença o embate de Domingo.
No dia 25 de Outubro o povo da Brava terá entre estes dois candidatos e dois projectos. A escolha deverá ser respeitado e depois isso mãos a obra.