Estados Unidos vão mergulhar nas trevas nesta segunda-feira

Os Estados Unidos vão ficar em completa escuridão na próxima segunda-feira, 21, durante um eclipse total do sol que atravessará todo o país. O fenômeno em sua plenitude, que deve durar 2 minutos e 40 segundos, vai começar às 15 horas (pelo horário de Brasília) no noroeste do Pacífico e atravessará todo o país até o Atlântico.

Aug 18, 2017 - 17:57
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Estados Unidos vão mergulhar nas trevas nesta segunda-feira

Os Estados Unidos vão ficar em completa escuridão na próxima segunda-feira, 21, durante um eclipse total do sol que atravessará todo o país. O fenômeno em sua plenitude, que deve durar 2 minutos e 40 segundos, vai começar às 15 horas (pelo horário de Brasília) no noroeste do Pacífico e atravessará todo o país até o Atlântico.

No Brasil, o fenômeno só será parcialmente visto nos estados do Amapá e Roraima e algumas partes das regiões Norte e Nordeste. Ainda assim, os brasileiros vão poder observar o fenômeno na internet e interagir. O Planetário do Rio de Janeiro vai retransmitir o eclipse em sua página no Facebook, onde dois astrônomos estarão ao vivo respondendo às perguntas dos internautas. Em entrevista à Sputnik Brasil, Naelton Mendes, astrônomo do Planetário, diz que o eclipse será total apenas nos EUA, e descarta as previsões cabalísticas que circulam nas redes sociais de que o 21 de agosto vai marcar o início do fim do mundo. Da mesma forma ele desmente o boato de que, durante o eclipse, as pessoas vão pesar menos um quilo. 

"O eclipse começa quando a lua começa a entrar no disco solar e isso demora algumas horas até chegar do outro lado, mas o fenômeno total dura cerca de dois minutos e com maior intensidade no centro dos EUA", diz o astrônomo, recordando que o último eclipse solar visível no Brasil ocorreu no domingo de Carnaval deste ano.

Também ouvido pela Sputnik Brasil, o astrólogo Zander Catta Preta traz um outro olhar sobre o fenômeno. Ele explica que todo o fenômeno astronômico é encarado pela Astrologia de uma forma simbólica, e que um planeta não vai ter um efeito real no cotidiano das pessoas a não ser pela gravidade — caso das fases da lua e dos efeitos das marés. 

"O que a gente faz é olhar para o céu e ver repetição de padrões, comportamentos, fatos e dados e tenta achar algum sentido. Criou-se um modelo que está impregnado em nossa cultura e a gente consegue entender, quando se fala 'eu sou de Áries', 'eu sou de Libra', um padrão que simplifica na hora de falar de personalidades. Quando você tem o eclipse do sol, você tem o apagamento da luz do consciente (sol) e um momento de 'escuridão' — a noite quando deveria ser dia. Simbolicamente se pode até encontrar uma analogia. Agora, dizer que A implica em B é forçar um pouco a barra", analisa o astrólogo.

Para Catta Preta, por mais que se goste de ter relações de causalidade maiores do que a nossa, a Astrologia serve apenas para reflexão. 

"Não são deuses de verdade, não são forças extraplanares que mandam na gente. Na Astrologia todo o eclipse é um momento de renovação, retira aquele energia de dentro da situação e vê o que acontece no teu mapa, no teu país e retorna com outra força. O eclipse vai acontecer em Virgem, signo de cura, do trabalho meticuloso. Quando esse eclipse se dá em Virgem, você tem uma necessidade de curar a humanidade de uma forma geral, retirando os excessos que estamos cometendo. Virgem é aquela que é bastante racional, mas é mão na massa. Ao invés de ficar discutindo o sexo dos anjos, diz: 'Vamos começar a consertar as coisas?'", compara Catta Preta.

Ainda com relação à simbologia de sol e lua, o astrólogo exemplifica o sol como o elemento masculino e racional e a lua como o elemento feminino e inconsciente. Um bom exemplo segundo ele, são as duas formas de uma pessoa ir ao trabalho. O trajeto seria escolhido pelo sol e a forma de condução, no caso, se dirigindo um carro, seria determinada pela lua.

Para o astrólogo, uma simbologia social importante acontece agora com o movimento de retirada dos símbolos confederados nos Estados Unidos, um processo interessante, segundo ele, de rejeição a um passado racista e a reação violenta seguinte da parcela conservadora e fascista da sociedade americana.