Filomena Martins: heroína ou vilã ?
Depois de ter sido aprovado na generalidade, na sexta-feira passada, 26 Outubro, no Parlamento, o diploma que cria as Regiões Administrativas, com 41 votos favoráveis, sendo 37 do MpD, dois da UCID, dois do PAICV. Dos restantes, 18 deputados abstiveram-se e um votou contra o diploma. As reações nas redes sociais não se fizeram esperar e choverem críticas de militantes do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) contra os dois deputados do partido que votaram a favor do diploma. Filomena Martins e Odaílson Bandeira.
Depois de ter sido aprovado na generalidade, na sexta-feira passada, 26 Outubro, no Parlamento, o diploma que cria as Regiões Administrativas, com 41 votos favoráveis, sendo 37 do MpD, dois da UCID, dois do PAICV. Dos restantes, 18 deputados abstiveram-se e um votou contra o diploma. As reações nas redes sociais não se fizeram esperar e choverem críticas de militantes do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) contra os dois deputados do partido que votaram a favor do diploma. Filomena Martins e Odaílson Bandeira.
Apesar da posição do PAICV contra o agendamento da proposta de lei que cria as Regiões Administrativas alegando a falta de consensos, os votos favoráveis dos dois deputados do partido foram decisivos na viabilização da proposta. Filomena Martins e Odaílson Bandeira, eleitos pelo círculo de S. Vicente e Santo Antão, respectivamente. A deputada Filomena Martins, eleita por São Vicente, disse, na sua declaração de voto, ter votado na proposta por considerar que as ilhas não podem continuar com estão. “Urge reequilibrar o poder e redistribuir a riqueza. O país necessita de tomar medidas que cortem a centralização que já perdura há tanto tempo e acho que nem a capital fica favorecida com a centralização do país”.
Na página da rede social da deputada eleita por São Vicente, são muitas as mensagens de apoio à sua posição. Pela coragem e frontalidade, pensando no desenvolvimento do país como um todo e no bem-estar do povo. Por outro lado surgem as criticas que vão no sentido que esta traíu o seu partido e não cumpriu com os seus deveres para com o PAICV, referindo que a visada quebrou a ética e a confiança politica e, por isso uns defendem a cassação do seu mandato, assim como o de Odaílson Bandeira.
Se por um lado, uns acreditam que mostrou, apesar da cor politica, que acredita na proposta do MPD, e que quebrou a disciplina partidária de acordo com a sua consciência. E que em alguns casos, “a disciplina partidária actua por vezes em função de um líder com obsessão por vincar as suas ideias, a que preço for, porque é líder com influência na postura acrítica dos seus liderados, por ser sua imposição da disciplina partidária”.
“Sou a favor da regionalização, mas não votaria sim, primeiro deve prevalecer a disciplina e princípios estratégicos políticos do partido. Respeito a tua filosofia e estratégia nesta nova e possível oportunidade de haver lista uninominal no futuro”, diz um internauta.
Entretanto, outros existem que acreditam que esta, o voto a favor da regionalização, foi uma “jogada politica” que tem dois propósitos. Um ataque estratégico á liderança do partido ou tirar algum aproveitamento político pessoal para candidatar-se á Câmara Municipal de São Vicente, ou para as regionais”, argumentam outros.
O certo é que a proposta já foi aprovada e que, no entender de outros, os deputados que votaram a favor do projecto lei de regionalização não fizeram mais que cumprir com o que têm vindo a prometer ao seu eleitorado há muitos anos.
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