Fogo: Águabrava vai instalar válvulas redutoras em zonas de São Filipe para resolver problema da pressão da água
A Empresa Inter-municipal de Águas (Águabrava) vai instalar esta semana válvulas redutoras de pressão nas zonas médias e baixa da cidade de São Filipe e parcialmente em alguns pontos de Xaguate para diminuição da pressão da água.
A Empresa Inter-municipal de Águas (Águabrava) vai instalar esta semana válvulas redutoras de pressão nas zonas médias e baixa da cidade de São Filipe e parcialmente em alguns pontos de Xaguate para diminuição da pressão da água.
Alguns clientes da empresa têm-se queixado da elevada pressão com que a água chega às suas residências, causando às vezes prejuízos, e porque existe realmente este problema a empresa vai instalar os equipamentos que permitem reduzir a pressão.
O administrador/delegado da Águabrava, Rui Évora, disse à Inforpress que além da instalação de válvulas redutoras de pressão, a empresa vai também construir ventosas em alguns pontos da rede de distribuição de água na zona baixa da cidade.
O responsável explicou que a elevada pressão “não tem nada a ver com elevado consumo de água” que alguns clientes reclamam, observando que o contador regista a passagem de água ou de ar e que isso não está relacionado com a elevada pressão.
Adiantou que esta semana chega à ilha do Fogo uma equipa de Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS) para sinalização e localização de mais um ponto para prospecção de água subterrânea em Chã das Caldeiras, visando não só o reforço da capacidade no fornecimento de água para o consumo humano como para segurança no próprio abastecimento.
A água disponibilizada pelo único furo existente no local é suficiente para as necessidades actuais, disse o administrador/delegado da empresa, indicando que é necessário reforçar a segurança no abastecimento.
Com relação ao abastecimento de água a norte e noroeste, Rui Évora avançou que a empresa vai proceder alterações no processo de exploração de furos na zona de Alvito para melhorar a qualidade de água através de diminuição de sais totais (condutividade) que apesar de estar abaixo do máximo recomendado apresentado um valor elevado.
Rui Évora explicou que o máximo de sais totais (condutividade) recomendado é de dois mil microsiemens e que neste momento a água disponibilizada para zona norte e noroeste contem 1.300 e com a correcção, a empresa prende reduzir este valor para os 800 a 900, ainda assim acima do valor existente na água distribuída na cidade de São Filipe que contem 650 microsiemens de sais totais.
Além de melhorar a gestão dos furos já existentes, a empresa vai proceder ainda esta semana o equipamento, com recurso próprio, do furo de Santa Cruz (norte) executado no quadro do projecto “ajuda humanitária de urgência para restauração dos meios de existência e aumento da resiliência das famílias afectadas pela erupção vulcânica” financiado pela FAO para o abastecimento do circuito norte e noroeste, melhorando não só a qualidade como a quantidade de água a ser disponibilizada.
A empresa, esclareceu, apenas vai equipar o furo já que todo o trabalho tinha sido realizado no quadro do projecto, desde instalação do posto de transformação de energia, passando pela construção do abrigo e de outros trabalhos.
JR/AA
Inforpress/Fim